Operação identifica golpes que causaram prejuízo de R$ 5 milhões

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da 1ª DDP de Valparaíso, deflagrou hoje, 22, a “Operação Canindé”. Cujo objetivo era desarticular uma organização criminosa responsável por praticar golpes em empresas em vários estados brasileiros. Estima-se que o prejuízo causado tenha sido de R$ 5 milhões.

O esquema das fraudes começava ao abrir empresas em nomes de laranjas, que adquiriam mercadorias de outras pessoas jurídicas. Inicialmente, visando adquirir confiança, as aquisições eram e pagas à vista. Após algumas transações comerciais regulares, as empresas constituídas em nomes de laranjas negociavam uma grande aquisição (de altíssimo volume), exatamente com aquelas empresas cuja confiança já haviam conquistado, sendo que, após celebrarem o “grande negócio”, as empresas laranjas encerravam as atividades e não pagavam às vítimas.

As mercadorias adquiridas fraudulentamente, sem o devido pagamento, eram repassadas para receptadores, que aparentemente fazem parte do esquema, os quais revendiam os bens por preços menores que os praticados no mercado. Os golpistas, por meio das empresas laranjas, ludibriaram empresas que vendiam materiais cirúrgico, vestuário, materiais esportivos, móveis residenciais, materiais escolares e bens de toda natureza.

A PC-GO descobriu que os estelionatários, por trás das “empresas golpistas”, estavam atuando em todo território nacional, deixando vítimas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

Ao todo, 90 policiais participaram da operação que cupriu 13 mandados de busca e apreensão nos municípios goianos de Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama e Valparaíso, bem como no Distrito Federal (Santa Maria e Águas Claras). Também foram cumpridos mandados de prisão em Goiânia e no Distrito Federal.

As investigações continuam com intuito de desarticular todo o esquema criminoso, com a identificação e localização de outros envolvidos, além de recuperar o restante das mercadorias obtidas junto às empresas vítimas.

Os envolvidos responderão por estelionato, organização criminosa, receptação, falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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