Operação “Jogada Marcada” desvenda esquema de manipulação de resultados no futebol

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A operação que mira suspeitos de manipular resultados de partidas de futebol teve início após um dos aliciadores tentar convencer o presidente do Goianésia Esporte Clube a participar do esquema, sem saber que ele também era delegado. O criminoso chegou a oferecer uma bonificação para o presidente de R$ 300 mil.

Esse aliciador entrou em contato com o presidente do Goianésia, uma vez que seu telefone estaria disponível no site, então ele não tinha conhecimento de quem seria o presidente. E de forma abusada ofereceu quantias elevadas para que o presidente do Goianésia interferisse em partidas do próprio time no campeonato goiano, ou que conseguisse algum time goiano que disputasse a série D do campeonato brasileiro, onde ofereceu por volta de R$ 1 milhão para o time e bonificação para o presidente de R$ 300 mil, explica o delegado Eduardo Gomes, um dos responsáveis pelo caso.

A Polícia Civil de DE cumpriu, na manhã desta quarta-feira (9), 16 ordens judiciais contra o grupo. Entre os investigados, estão jogadores, treinadores e dirigentes de clubes. A polícia informou que as fraudes movimentaram, ao menos, R$ 11 milhões ilicitamente.

Ao todo, foram expedidos nove mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária. Um dos alvos, o ex-árbitro de futebol Dguerro Batista Xavier, foi preso em João Pessoa. Ele já estava afastado desde a Operação Cartola, em 2018, que investigou fraudes no futebol paraibano, mas ainda mantinha articulações e contatos no meio esportivo e atuava como árbitro amador.

À TV Cabo Branco, o ex-árbitro afirmou que não sabia o motivo da prisão e negou envolvimento nos crimes apontados pela investigação. A Polícia Civil não informou quais jogos teriam sido alvo de manipulação.

A polícia não divulgou os nomes demais suspeitos que integram o grupo investigado na operação e, por isso, o De não obteve um posicionamento da defesa até a última atualização desta reportagem. Ainda segundo a Polícia Civil, o valor de R$ 11 milhões movimentados pelas fraudes aconteceram também por meio de plataformas de apostas.

Intitulada “Jogada Marcada”, a operação da Polícia Civil de DE é conduzida pelo Grupo Antirroubo a Banco (GAB), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

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