Operação Lesa Pátria: PF cumpre três mandados de busca e apreensão em Goiás

Operação Lesa Pátria: PF cumpre três mandados de busca e apreensão em Goiás

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quarta-feira, 27, três mandados de prisão e outros dez de busca e apreensão na 17ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga acusados de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro. Os mandatos são cumpridos nos estado de Goiás, São Paulo, Paraná, Distrito Federal e de Minas Gerais.

Em Goiás, são cumpridos três mandado de busca e apreensão contra Danilo Silva e Lima, Osmar Pacheco da Silva e Wanderley Zeferino da Silva, todos moradores na cidade de Inhumas, região central de Goiás. Eles são acusados de terem agido em conjunto com um quarto investigado da mesma cidade, mas ainda não tinham sido alvo das operações até aqui.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. ”, informou a PF.

Entre os alvos está Aildo Francisco Lima, preso em São Paulo. Ele é acusado de participar da invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF) e fazer uma live enquanto estava sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes. Outro mandado de prisão também é cumprido em São Paulo contra uma acusada de invadir o Congresso Nacional.

Na fase anterior da operação, a PF cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em sete estados brasileiros. Os alvos eram acusados de financiarem meios de transporte para os que os golpistas fosse à Brasília e invadissem os prédios públicos. Na ocasião, bens dos investigados foram bloqueados para reparação dos danos causados, que podem chegar até R$ 40 milhões.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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