Saiba quem são os 4 policiais que morreram na operação mais letal da história do DE
Entre os mortos estão dois agentes do Bope e dois policiais civis. A ação deixou 64 mortos, 81 presos e resultou na apreensão de 93 fuzis.
Quatro policiais morrem em megaoperação
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Quatro policiais morrem em megaoperação
Quatro policiais — dois civis e dois militares — morreram nesta terça-feira (28) durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha [https://de.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/10/28/operacao-contencao-forcas-de-seguranca-tentam-cumprir-mandados-de-prisao.ghtml], na Zona Norte do Rio.
A ação, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e integra a Operação Contenção, foi a mais letal da história do estado [https://de.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/10/28/operacao-historico-da-cidade-do-rio.ghtml]. Ao todo, 64 pessoas morreram e 81 foram presas, segundo balanço oficial.
Entre os feridos está o delegado adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Leal, que foi baleado durante a operação. Ele passou por cirurgia e seu estado de saúde é considerado grave.
Os policiais mortos são:
– Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita);
– Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
– Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope;
– Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.
Saiba quem são os 4 policiais que morreram na operação mais letal da história do DE — Foto: Reprodução Globo News
MORTOS EM COMBATE
De acordo com a Polícia Civil, Máskara e Cabral foram atingidos durante a chegada das equipes ao Complexo da Penha, quando traficantes do Comando Vermelho (CV) reagiram a tiros e montaram barricadas em chamas. Eles chegaram a ser levados para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiram.
Os sargentos Cleiton Serafim e Heber Fonseca, do Bope, foram baleados em confrontos na Vila Cruzeiro, também durante o avanço das tropas pela comunidade.
Segundo nota oficial, os dois foram socorridos e encaminhados ao Hospital Getúlio Vargas, mas morreram em decorrência dos ferimentos.
Criminosos fazem barricada com carros queimados — Foto: Mauro Pimentel/AFP
Cleiton Serafim ingressou na corporação em 2008. Era casado e deixa esposa e uma filha. Heber Fonseca, policial desde 2011, deixa esposa, dois filhos e um enteado.
A Secretaria de Polícia Militar e o Bope divulgaram notas de pesar destacando o “compromisso, coragem e lealdade” dos militares.
Marcus Vinícius Cardoso, o Máskara, tinha 26 anos de carreira na Polícia Civil e havia sido promovido a comissário na véspera da operação. [https://de.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/10/28/operacao-policiais-baleados.ghtml]
Ele ingressou na corporação em 1999, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), onde ganhou o apelido por lembrar o personagem do filme estrelado por Jim Carrey.
Marcus trabalhou também na 18ª DP (Praça da Bandeira) e chefiava o Setor de Investigações da 53ª DP (Mesquita).
Cenas de guerra: megaoperação contra facção é a mais letal da história do DE [https://s03.video.glbimg.com/x240/14050762.jpg]
Já Rodrigo Velloso Cabral estava na polícia havia menos de dois meses. Ele era lotado na 39ª DP (Pavuna), responsável por uma das regiões mais violentas da Zona Norte.
DETALHES DA OPERAÇÃO
A megaoperação, deflagrada após mais de um ano de investigações da DRE, tinha como objetivo cumprir 100 mandados de prisão contra lideranças do Comando Vermelho. A ação resultou na apreensão de 93 fuzis [https://de.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/10/28/megaoperacao-no-alemao-e-na-penha-tem-apreensao-de-75-fuzis-e-faz-numero-anual-bater-668-novo-recorde-no-de.ghtml], além de pistolas, motocicletas e drogas.
Durante os confrontos, criminosos lançaram bombas com drones, incendiaram barricadas e bloquearam vias importantes em represália, como a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier.
Fuzis apreendidos em megaoperação nesta terça, no Rio — Foto: Reprodução
O Centro de Operações do DE elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2 [https://de.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/10/28/megaoperacao-de-entra-no-estagio-2-e-prefeitura-recomenda-evitar-deslocamentos-em-areas-afetadas.ghtml], e a PM colocou todo o efetivo nas ruas.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que a operação “foi planejada com inteligência” e não contou com apoio federal.
“Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária e que vai continuar”, disse.
Além dos policiais mortos, três civis foram baleados. Um homem em situação de rua, uma mulher que estava em uma academia e outro homem atingido em um ferro-velho. Todos foram socorridos.
Helicópteros, blindados e drones foram usados no cerco, que paralisou escolas e postos de saúde na região. Ao todo, 43 unidades escolares e cinco clínicas suspenderam atividades.
Entre os 81 presos estão Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, e Nicolas Fernandes Soares, operador financeiro ligado ao traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, apontados como peças-chave do Comando Vermelho.




