Quadrilha que aplicou golpes em sites de leilões falsos em Uberlândia e Frutal é alvo de novos mandados no país
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está cumprindo novos mandados judiciais contra a organização criminosa que realizou golpes em sites de leilões falsos em Uberlândia e Frutal. A segunda fase da Operação Martelo Virtual está sendo realizada nesta terça-feira (27) em três estados brasileiros, com o apoio de delegados de Uberaba e Frutal. A investigação teve início no Diário do Estado Mineiro.
A primeira fase da força-tarefa ocorreu no final de abril de 2024, quando as investigações lideradas pela delegacia de Frutal indicaram que o grupo movimentou mais de R$ 1 milhão em apenas um mês aplicando golpes em Uberlândia, Frutal e outras cidades do país. O grupo atuava em diversas cidades, incluindo Frutal, Uberlândia, Curitiba e Rolândia.
Durante a primeira fase da operação, um jovem de 27 anos e uma mulher de 23 foram alvos, juntamente com outras três ordens judiciais de busca. Foram apreendidos celulares que subsidiaram a continuidade das investigações. Segundo o delegado João Carlos Garcia Pietro, de Frutal, uma das investigadas confessou ter sido recrutada para receber os valores e indicou outros suspeitos para participarem de um “esquema de pirâmide”.
Na segunda fase da operação, os delegados João Carlos e César Felipe Colombari, do 5º Departamento de Polícia Civil em Uberaba, participam do cumprimento dos mandados contra os alvos em São Paulo. Até o momento, a Polícia Civil estima que mais de 250 pessoas foram enganadas pela quadrilha, que agia em pelo menos oito estados brasileiros.
O Golpe do Leilão Falso ocorre por meio de sites de leilões fictícios que enganam as vítimas, levando-as a acreditar que estão participando de um leilão legítimo. Os suspeitos criaram um site de leilão com um endereço similar a um verdadeiro, fazendo com que as vítimas acessem o site falso ao pesquisar na internet. Após arrematar um suposto veículo, as vítimas eram direcionadas para uma conversa em aplicativo de mensagens para realizar transferências financeiras.
A Operação Martelo Virtual recebeu esse nome em referência ao objeto utilizado em leilões presenciais para finalizar um lance e determinar o vencedor. No golpe do leilão falso, os lances eram realizados de forma virtual e ilusória, atingindo vítimas em diversos estados, como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rondônia, Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
Na segunda fase da operação, estão sendo cumpridos 24 mandados de prisão e 57 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores ligados ao grupo investigado. O Diário do Estado acompanha de perto o desenrolar dessa operação que desmascarou uma quadrilha que causou prejuízos significativos a centenas de pessoas.