Operação Meu Zeloso Guardador: suspeitos presos com imagens de exploração sexual infantil

A quinta etapa da Operação Meu Zeloso Guardador teve os mandados judiciais cumpridos em 10 cidades goianas.

A Policia Civil do Estado de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), cumpriu na manhã desta segunda-feira (25) 11 mandados de busca e apreensão domiciliares. A Operação Meu Zeloso Guardador atuou em dez cidades do estado de Goiás com o objetivo de identificar criminosos que armazenam imagens de exploração sexual infantil, compartilhadas pela internet.

Os mandados foram cumpridos em Aparecida de Goiânia, Cidade Ocidental, Goiatuba, Hidrolândia, Jataí, Minaçu, Pires do Rio, Rubiataba, São Luiz dos Montes Belos e Valparaíso de Goiás. Nos locais os agentes identificaram usuários de internet que, através de softwares específicos, enviavam e recebiam vídeos contendo abuso sexual infantil. Até o momento, quatro pessoas foram presas em flagrante.

Ao todo, mais de 50 pessoas foram presas em flagrante delito.

Esta é a 5ª etapa da Operação Meu Zeloso Guardador, em andamento desde 2018. Ao todo, a Operação executou mais de 104 mandados de busca e apreensão, em 32 cidades do goianas. A realização da ação tem apoio das delegacias locais de cada cidade.

“Para realização da Operação Meu Zeloso Guardador V, foram empreendidas diversas diligências, com utilização de ferramenta própria para investigações em ambiente cibernético, após treinamento oferecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (SENASP e CIBERLAB), em conjunto com a HSI – Homeland Security Investigation”, esclarece a delegada Sabrina Leles, titular da DERCC.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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