Operação Muralha prende sete suspeitos de tráfico na Grande Belém: armas, drogas e documentos apreendidos

Sete pessoas foram presas em flagrante em uma operação de combate ao tráfico na Grande Belém. A Polícia Civil deflagrou a Operação Muralha na última quarta-feira (11) e conseguiu deter os suspeitos por tráfico de drogas, porte de munição de uso restrito e porte ilegal de arma de fogo. A ação ocorreu em diversos bairros de Belém e de outros municípios da Região Metropolitana.

Entre as prisões, duas foram realizadas no bairro da Pedreira, uma no Guamá, quatro na Campina e uma no Tapanã. Um dos indivíduos detidos também está sendo investigado por um latrocínio que aconteceu em outubro deste ano no bairro do 40 Horas. Nos endereços dos alvos da operação, foram encontrados RGs falsificados e materiais utilizados na confecção desses documentos.

A Operação Muralha foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e com o apoio do GAECO do Ministério Público do Pará, além do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI). As diligências para cumprimento das ordens judiciais ocorreram em várias cidades, incluindo São Paulo, Itaquaquecetuba, Osasco, Santos, Sumaré, São José dos Campos, Guarujá, Araçatuba, Santo André, Belém, Breu Branco e São Francisco do Pará.

Durante a ação, foram apreendidas armas, munições, dinheiro em espécie, documentos, balanças de precisão, entorpecentes e materiais utilizados para a venda de drogas. Todo o material recolhido será encaminhado para a perícia. O delegado geral, Walter Rezende, destacou a importância da operação no enfrentamento ao crime organizado e na redução da criminalidade, visando garantir a segurança da população.

“Através desta operação, estamos combatendo de maneira incisiva o crime organizado, diminuindo os índices de criminalidade e assegurando a proteção para nossa comunidade”, afirmou o delegado. As prisões realizadas e os materiais apreendidos demonstram o comprometimento das autoridades em combater ativamente o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas na região da Grande Belém.

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Operação Flygold II da PF desmantela grupo que contrabandeava ouro ilegalmente

VÍDEO: PF acha arsenal em operação contra grupo suspeito de contrabandear uma tonelada de ouro de garimpo para o exterior

PF apreendeu 20 armas, entre elas fuzis, na operação Flygold II que cumpriu mandados em Itaituba e Santarém, no Pará, e outros 5 estados. Segundo investigação, ouro foi extraído de garimpos ilegais em terras indígenas.

Armas estavam na parede da residência
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A Polícia Federal encontrou um arsenal de armas de grosso calibre durante a Operação Flygold II que mirou, nesta quarta-feira (11), uma organização criminosa responsável pelo contrabando de ouro extraído ilegalmente de terras indígenas, incluindo a Terra Indígena Munduruku, no Pará. Entre as mais de 20 armas apreendidas estão revólveres calibre 357, fuzis 556 e pistolas 9mm. Parte das armas estava exposta em uma parede (veja no vídeo acima).

A apreensão das armas ocorreu durante o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão nos estados do Pará, Roraima, Amapá, São Paulo, Paraná e Goiás. Contudo, a PF não especificou o local exato onde o arsenal foi encontrado (veja fotos mais abaixo).

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No Pará, a operação se concentrou nos municípios de Santarém, no oeste do Pará, e Itaituba, onde também foram feitas duas prisões até a noite de quarta (11). Foi a segunda operação contra o garimpo ilegal na região em duas semanas.

Segundo a PF, a investigação da operação Flygold II apontou que o grupo criminoso alvo dos mandados transportou ilegalmente cerca de uma tonelada de ouro para outros estados e países, movimentando mais de R$ 4 bilhões.

O esquema utilizava empresas fantasmas e “laranjas” para mascarar as operações financeiras. Ainda segundo a investigação, estrangeiros eram recrutados para despachar bagagens carregadas de ouro em voos comerciais.

Além das armas, foram sequestrados R$ 615 milhões em bens e valores, incluindo carros de luxo, joias e uma moto aquática, conforme a PF.

A Operação Flygold II é um desdobramento de investigações iniciadas em anos anteriores e continua em andamento para localizar os outros sete suspeitos que permanecem foragidos, detalhou a polícia.

No fim de novembro, a PF deflagrou a operação Cobiça — também contra o garimpo e o comércio de ouro ilegal na região. Foram afastados 35 policiais militares – incluindo dois comandantes de batalhões – suspeitos de envolvimento com o esquema que também envolve uma mineradora.

Também no mês passado, a PF deflagrou uma operação para retirar garimpeiros ilegais na região onde vivem os munduruku, grupo indígena mais populoso da região, com mais de 9,2 mil pessoas.

O território é o segundo mais afetado pelo garimpo ilegal na Amazônia. Segundo um estudo divulgado em março deste ano, até dezembro de 2023, eram 7 mil hectares ocupados pelo garimpo ilegal, sendo que 5,6 mil hectares foram destruídos nos últimos cinco anos (entre 2019 e 2023).

Um estudo recente da Fiocruz também mostrou que os indígenas dessa região estavam com níveis alarmantes de mercúrio no corpo, metal pesado utilizado em garimpos para a purificação do ouro.

Veja, abaixo, fotos das armas apreendidas na operação:

1 de 4 Arma apreendida pela PF durante cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Federal na operação Flygold II — Foto: Polícia Federal / Divulgação

2 de 4 Arma apreendida pela PF durante cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Federal na operação Flygold II — Foto: Foto: Polícia Federal / Divulgação

3 de 4 Arma apreendida pela PF durante cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Federal na operação Flygold II — Foto: Foto: Polícia Federal / Divulgação

4 de 4 Polícia Federal cumprindo mandado de busca e apreensão em um dos alvos da operação (à esquerda); Armas e outros objetos apreendidos pela PF (à direita) — Foto: Polícia Federal / Divulgação

Operação Munduruku: ação combate garimpo ilegal em terra indígena no sudeste do Pará

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