Operação no Complexo de Israel visa traficantes sem anotações criminais: 44 alvos identificados e vias fechadas por segurança

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A operação no Complexo de Israel mira criminosos sem anotações criminais: ‘Vários deles que, até então, passavam despercebidos da sociedade’

Segundo a Polícia Civil, a ação é resultado de 7 meses de investigações, que culminaram na identificação de 44 traficantes sem mandados, permitindo à Civil solicitar ordens judiciais com base em novas provas. Por conta da ação, Avenida Brasil e Linha Vermelha estão fechadas por segurança.

A Polícia Civil faz operação na Cidade Alta na manhã desta terça-feira (10) — Foto: Reprodução / TV Globo

O secretário da Polícia Civil, o delegado Felipe Curi, afirmou na manhã desta terça-feira (10) que a operação no Complexo de Israel mira bandidos sem anotações criminais e que tinham uma forte atuação dentro do Terceiro Comando Puro.

Mais de 44 criminosos — que atuam nas comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas e Cidade Alta, além das secundárias Pica-Pau e Cinco Bocas — são alvos de uma grande operação policial.

Por precaução, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha foram fechadas por volta das 6h30, o que travou o trânsito na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em consequência, o Centro de Operações e Resiliência (COR) colocou a cidade no Estágio 2, de uma escala de 5 — o que indica a possibilidade de impactos na rotina do cidadão.

De acordo com Curi, dezenas de traficantes ‘passavam despercebidos da sociedade e da atuação da polícia’ no Complexo de Israel. Além desses bandidos, a Civil tenta prender Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, um dos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP).

“Estamos lá para cumprir dezenas de mandados contra narcotraficantes que atuam nessas comunidades. Vários deles que passavam despercebidos da sociedade e da atuação da polícia, já que não ostentavam anotações criminais, mas que tinha intensa participação, foram identificados por essa investigação”, disse o secretário.

Segundo a polícia, a ação desta terça é resultado de 7 meses de investigações, que culminaram na identificação desses traficantes.

“Essa operação tira do anonimato pessoas que se passavam por trabalhadores, estudantes, jovens, que caso fossem alvejados ou capturados poderiam falar que não eram bandidos. Importante trabalho que identifica e tira essas pessoas do anonimato. Além de tentar prender traficantes que tem anotação, hoje temos [mandados contra] traficantes que passavam despercebidos da polícia e da sociedade. Eles agora saem do anonimato, são indiciados, denunciados e têm suas prisões decretadas. É uma operação criteriosa. Ainda que muitas deles não sejam localizados e presos, essas pessoas já são consideradas foragidas da justiça”, salientou.

Curi destacou ainda que essa é “uma ação que causa transtornos, mas que é importante” para retirar das ruas “narcoterroristas que atiram contra pessoas inocentes”.

“Por questão de segurança, optamos por fechar essas vias. Eles usam tática de guerrilha, terrorista, de atirar em pessoas inocentes”, salientou o secretário da Polícia Civil.

De acordo com a polícia, o TCP impõe seu domínio com o uso de barricadas, drones para monitoramento das forças de segurança, toque de recolher e monopólio de serviços públicos, além de promover intolerância religiosa. A polícia descobriu um grupo que organizava “protestos” com a queima de ônibus para obstruir o trabalho policial. Outro núcleo se especializou no abate de aeronaves policiais, composto por criminosos com armamento pesado e treinamento específico.

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