Policiamento é reforçado no Ceará após megaoperação no Rio de Janeiro

Facção alvo da operação no Rio de Janeiro, o Comando Vermelho, também atua no Ceará. Policiais foram colocados em pontos estratégicos, orientados por levantamentos realizados pela Coordenadoria de Inteligência.

Cearenses são alvos em megaoperação no Rio de Janeiro

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) reforçou o policiamento em pontos estratégicos do Ceará após a megaoperação realizada no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), que deixou mais de 60 suspeitos mortos.

A ação, que ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, teve como alvo membros do Comando Vermelho, que também tem criminosos em diversas cidades do Ceará. Ao todo, 81 pessoas foram presas e mais de 100 armas foram apreendidas. Desses armamentos, 93 são fuzis.

Entre os procurados pela polícia na megaoperação estão criminosos do Ceará. Ainda não há confirmações de que os alvos cearenses foram presos ou mortos.

PREVENÇÃO

Segundo a Secretaria da Segurança, o reforço do policiamento no Ceará ocorreu em pontos estratégicos, orientados por levantamentos realizados pela Coordenadoria de Inteligência. A iniciativa teve o objetivo de evitar que membros da facção criminosa, que atuam no Ceará, praticassem delitos em represália ao que ocorreu no Rio de Janeiro.

MEGAOPERAÇÃO

A operação realizada no Rio Janeiro é a mais letal da história do estado, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara. No início da tarde de terça-feira, o tráfico orquestrou represálias em várias partes da cidade, que viveu horas de tensão em um cenário de guerra. Barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas em diversos locais.

Na manhã desta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha levaram pelo menos 55 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região. A princípio, os corpos levados à praça não foram contabilizados no balanço oficial de mortes, que atualmente contabiliza 64 mortos.

BALANÇO DA OPERAÇÃO

A operação resultou em 60 suspeitos mortos em confronto, incluindo dois da Bahia e um do Espírito Santo. Além disso, 2 policiais civis e 2 policiais militares foram mortos e 15 policiais ficaram feridos. Também foram registrados ferimentos em três inocentes.

No total, 81 pessoas foram presas e as autoridades apreenderam 93 fuzis, 2 pistolas e 9 motos. A megaoperação teve impactos em toda a cidade, refletindo a intensidade do combate às organizações criminosas.