Operação “Nota Verde” investiga crimes ambientais no Litoral Norte de SC, região com m² mais caro do Brasil

Operação apura crimes na concessão de licenças ambientais na região com o m² mais caro do Brasil

Gaeco concentra ações no Litoral Norte de Santa Catarina. Suspeita é de que investigados estariam autorizando desmatamentos em áreas de preservação permanente com o objetivo de beneficiar de pessoas físicas e jurídicas com grande poder aquisitivo.

Operação sobre crimes na concessão de licenças ambientais é deflagrada no Litoral Norte — Foto: DE/Divulgação

O Litoral Norte de Santa Catarina – região que concentra algumas das cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil para construção – está no foco de uma operação deflagrada nesta quinta-feira (5) que investiga crimes na concessão de licenças ambientais. Deflagrada pelo Grupo Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a ação afastou dois servidores públicos e cumpriu 23 mandados de busca e apreensão.

O operação encontrou indícios de que os investigados estariam autorizando desmatamentos em áreas de preservação permanente, lapidando a fauna e a flora protegidas por lei, com o objetivo de beneficiar de pessoas físicas e jurídicas com grande poder aquisitivo.

Os alvos da operação são residências e as sedes das empresas dos investigados. As ordens judiciais são cumpridas em Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Bombinhas e Penha, no Litoral Norte, e em Curitiba (PR).

O nome dos investigados não foi divulgado e apuração tramita em segredo de Justiça.

O Litoral Norte catarinense se consolidou como potência turística e econômica nos últimos anos e tem atualmente três das cinco cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil: Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí. Os dados são divulgados mensalmente pelo índice FipeZap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Batizada de “Nota Verde”, a ação faz referência ao lucro obtido de forma ilícita e apura crimes de corrupção, contra a flora, contra a administração ambiental, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo o órgão, há uma “aliança entre agentes públicos, empresários e particulares interessados visando facilitar a obtenção e concessão de licenciamentos ambientais em desacordo com a legislação aplicável”.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Itajaí e a investigação é conduzida pela 10ª Promotoria de Justiça da Comarca da cidade.

Em nota, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ligado ao Gaeco, afirmou que a operação “busca garantir que os atos de concessão de licenças ambientais sejam exclusivamente amparados na legislação, sem quaisquer benefícios irregulares ou ilegais”.

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Mulher resgatada após cárcere privado pelo companheiro: o que se sabe sobre o caso no Paraná

Após denúncia e pedido de socorro, mulher mantida em cárcere privado pelo companheiro no Paraná é resgatada

Vítima estava com ferimentos em diversas partes do corpo. Homem tem histórico criminal de violência doméstica e estupro.

Uma mulher de 24 anos foi mantida em cárcere privado pelo companheiro em Sarandi, no norte do Paraná, de acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM). Ela foi resgatada após uma denúncia, nesta quinta-feira (26).

Em entrevista à RPC, Fábio Berti, supervisor da GCM de Sarandi, explicou que a denúncia foi feita por uma pessoa que conhece a mulher. A mesma pessoa estava esperando os guardas municipais em frente à casa da vítima, no Parque Residencial Nova Aliança.

Na casa, o supervisor conta que encontraram um quarto trancado. Eles ouviram a mulher pedindo socorro de dentro do cômodo, momento em que arrombaram a porta.

A vítima foi encontrada deitada em um sofá, com ferimentos no rosto, braços, tórax e pernas. O homem se escondeu entre roupas e móveis que estavam no local, antes de tentar agredir os guardas, segundo a GCM.

Ele foi atingido por um disparo de arma de choque e depois imobilizado.

A GCM informou que o homem, que não teve a identidade divulgada, agrediu a mulher usando diversos objetos, como fios. Ele também ameaçou matá-la usando uma picareta, que foi encontrada em cima da mesa do cômodo em que ela estava trancada.

Ele foi preso em flagrante. Não foi informado há quantos dias a vítima estava sendo agredida e mantida em cárcere privado.

O homem tem histórico criminal de violência doméstica, estupro e resistência à prisão. A vítima já teve uma medida protetiva contra ele, mas retirou. O supervisor da GCM também disse em entrevista que vizinhos relataram que não escutavam gritos ou pedidos de socorro.

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