Operação Obsídio: Polícia prende 8 membros do Comando Vermelho no Pará

Em uma operação conjunta realizada pela Polícia Civil e Militar, a última quinta-feira foi marcada pela prisão de oito pessoas em quatro municípios do Pará. Belém, Ananindeua, Santo Antônio do Tauá e Barcarena foram os locais alvo dos 14 mandados de prisão cumpridos pelas forças de segurança.

Denominada como “Operação Obsídio”, a ação visa desarticular um esquema criminoso articulado pela facção Comando Vermelho no estado do Pará. A Polícia Civil informou que cinco homens, três mulheres e um adolescente foram presos, enquanto outros 42 mandados de busca e apreensão foram emitidos pela justiça.

Segundo as investigações, os municípios onde a operação foi realizada são os pontos de concentração das atividades criminosas da facção, envolvidas em crimes como tráfico de drogas, assaltos, extorsões e atentados contra agentes públicos. O grupo do Comando Vermelho é apontado como responsável por um complexo esquema criminoso na região.

Um dos crimes atribuídos ao grupo foi o assassinato do policial militar Lucas Henrique Saraiva, de 26 anos, ocorrido em fevereiro deste ano na vila dos Cabanos, em Barcarena. Durante a operação, foram apreendidas 287 gramas de maconha, oxi e cocaína, além de dinheiro e celulares nos locais alvo.

Todos os presos foram encaminhados para um presídio no município de Abaetetuba. A ação policial visa enfraquecer a atuação do crime organizado na região, combatendo as atividades ilícitas promovidas pelo grupo do Comando Vermelho. A colaboração entre as forças de segurança é fundamental para garantir a segurança e tranquilidade da população nos municípios paraenses afetados pela atuação criminosa.

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Ataque a indígenas: Força Nacional reforça segurança na Terra IndígenaApyterewa

A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) está reforçando as ações após o ataque a tiros direcionado aos indígenas do povo parakanã na Terra Indígena Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no sudoeste do Pará. No incidente que ocorreu na madrugada de quarta-feira (18), não houve relatos de feridos ou prisões de suspeitos. Ainda assim, a presença da Força Nacional foi intensificada para garantir a proteção das comunidades indígenas, a segurança local e manter o usufruto exclusivo do território pelos Parakanã.

Após o ataque, veículos foram avistados dentro da terra indígena, e cápsulas de balas foram encontradas no chão. Vídeos registrados pelos próprios indígenas evidenciaram marcas de tiros em residências de madeira e telas de proteção contra mosquitos. Diante desse cenário preocupante, o Ministério da Justiça anunciou que a Força Nacional continua realizando patrulhas contínuas no território, reforçando o efetivo presente na região para manter a segurança e proteção das comunidades.

Apesar da presença dos agentes durante a fase pós-desintrusão da Terra Indígena Apyterewa – que encerrou em fevereiro de 2024 com a desocupação dos invasores -, o ataque ao povo parakanã ressalta a importância do monitoramento constante e da fiscalização territorial para impedir o retorno de invasores e combater atividades ilegais. Nesse sentido, a etapa pós-desintrusão engloba patrulhamentos regulares, monitoramento remoto por sensoriamento e a intensificação da atuação integrada entre órgãos federais e estaduais.

As ações coordenadas envolvem o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Funai, a Abin, o Ibama, além das Polícias Federal e Rodoviária Federal. Com foco na prevenção, fiscalização e combate a atividades ilícitas, as estratégias visam assegurar a proteção das comunidades indígenas e a preservação do território. Imagens divulgadas pela Polícia Federal ilustram a operação na Terra Indígena Apyterewa, destacando a importância do trabalho conjunto para garantir a segurança e integridade das comunidades afetadas.

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