Entenda como quadrilha do interior de SP fraudou R$ 25 milhões de banco digital
em 1 mês
Grupo criminoso foi alvo de operação deflagrada na manhã desta terça-feira (15)
em cinco cidades. Investigados ostentam vida de luxo nas redes sociais, apontam
investigações.
Ministério Público e Polícia Militar fazem operação contra quadrilha na região de Ribeirão Preto
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do
Ministério Público, detalhou como uma quadrilha do interior de São Paulo fraudou
cerca de R$ 25 milhões de um banco digital. O grupo criminoso foi alvo da
Operação Ostentação, deflagrada na manhã desta terça-feira (15) em cinco cidades.
As investigações apontam que o valor é resultado de ao menos 414 transações
fraudulentas realizadas no Banco Inter em um período de um mês, segundo o
promotor Fábio Meneguelo Sakamoto.
> “Eles cooptaram muita gente, usaram documentos falsos, criaram contas de
> pessoas física e jurídica com documento falso, daí eles começaram a fraudar o
> banco dessa maneira. Ao todo, foram 414 transações entre janeiro e fevereiro
> de 2021. Somando todas essas transações, eles conseguiram subtrair do banco
> uma quantia superior a R$ 25 milhões”, diz.
A DE pediu um posicionamento ao banco nesta terça, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Documentos falsos e cartões de terceiros
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e um de prisão em:
Pitangueiras (SP), Paraíso (SP), Bebedouro (SP), Barretos (SP) e Catanduva
(SP). Os
alvos são membros de duas famílias de Monte Azul Paulista (SP).
Dentre as apreensões estão cartões bancários, celulares, dispositivos
eletrônicos, documentos e dinheiro. Além disso, foi determinado bloqueio
judicial de valores, imóveis e veículos em nome dos investigados.
De acordo com Sakamoto, a quadrilha tinha como modus operandi usar documentos
pessoais falsos e cartões bancários de terceiros para abrir contas falsas.
> “A prisão do alvo principal foi na cidade de Bebedouro, mas ele sempre foi
> residente em Monte Azul Paulista. Foram localizados nessas duas residências
> dessas famílias que são epicentro do esquema muitos documentos de banco,
> próprios e em nome de terceiros, documentos pessoais falsificados que eles
> usaram para abrir conta falsa. Era uma quadrilha bem especializada nesse tipo
> de fraude, com utilização de cartões bancários de terceira pessoa”, destaca.
O promotor ressaltou, ainda, que nenhum cliente do banco teve dinheiro perdido.
“Esse prejuízo acabou sendo suportado pelo próprio banco. Os outros correntistas
do banco não tiveram prejuízos com isso, então eles [criminosos] não subtraíram
dinheiro da conta de outras pessoas físicas, eles ‘roubaram’ dinheiro do próprio
banco, utilizando uma falha sistêmica que o banco apresentava.”
O nome da operação é em alusão ao estilo de vida dos integrantes do grupo
criminoso, que, segundo o Ministério Público, ostentam padrão elevado e exibem
carros de luxo nas redes sociais.
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