Operação Overclean: 11 investigados em esquema de desvios de recursos milionários são ouvidos pela Polícia Federal
Ação também apreendeu mais de R$ 3 milhões em espécie, 23 carros de luxo, três barcos, três aeronaves, seis imóveis de alto padrão, 38 relógios (alguns que valem cerca de R$ 800 mil), além de joias.
Onze dos 16 presos na DE, que investiga desvios de recursos milionários, foram ouvidos nesta segunda-feira (16), na sede da Polícia Federal, em Salvador. Até então, R$ 3.403.521,90 em espécie, além de 23 carros de luxo, três barcos, três aeronaves, seis imóveis de alto padrão, 38 relógios (alguns que valem cerca de R$ 800 mil) e joias foram apreendidos.
Em nota, a Polícia Federal informou que não pode informar o conteúdo dos depoimentos dos suspeitos, que não tiveram as identidades reveladas, para não atrapalhar as investigações. Eles chegaram no local por volta das 14h e deixaram a sede do órgão cerca de três horas depois.
A reportagem da TV Bahia apurou que eles permaneceram em silêncio durante os interrogatórios.
Veja abaixo a lista detalhada com os bens apreendidos na operação:
– R$ 3.403.521,90 em espécie;
– 23 carros de luxo;
– Três barcos de luxo;
– Três aeronaves;
– Seis imóveis de alto padrão;
– 38 relógios de luxo (alguns que custam cerca de R$ 800 mil);
– Joias (quantificação em andamento);
– Valores sequestrados: R$ 162.379.373,30 (processo em andamento).
Uma semana antes da DE, deflagrada na terça-feira (10), a Polícia Federal apreendeu R$ 1.538.700,00 com suspeitos de desvios milionários em recursos públicos. Para os investigadores, não há dúvidas de que o dinheiro tinha origem ilícita e destinava-se ao pagamento de propinas em Brasília.
Segundo a Receita Federal, a organização criminosa usava um esquema estruturado para direcionar recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.
A quantia apreendida dias antes da operação foi transportada em um voo particular, que saiu de Salvador para a capital federal, no último dia 3.
De acordo com a decisão judicial, que determinou a prisão de 17 suspeitos, a investigação da PF identificou que o empresário Alex Rezende Parente e o ex-coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira, utilizavam aeronaves para transportar valores em espécie. Os dois foram monitorados desde o hangar, em Salvador, até a abordagem na capital federal.