Operação Overclean desmantela esquema de desvios milionários de recursos públicos na Bahia

A Polícia Federal, investigando um esquema de desvios milionários de recursos públicos na Bahia, apreendeu R$1,5 milhão com suspeitos de propinas dias antes da Operação Overclean. O valor, transportado em um voo particular de Salvador para a capital federal, Brasília, tinha origem ilícita e era destinado ao pagamento de propinas. Segundo a Receita Federal, a organização criminosa utilizava um esquema estruturado para direcionar recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados às administrações municipais.

Os investigadores identificaram que o empresário Alex Rezende Parente e o ex-coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira, utilizavam aeronaves para transportar valores em espécie. A PF prendeu 17 suspeitos e coletou depoimentos, identificando “diversas contradições”. Alex alegou que o dinheiro provinha de vendas de equipamentos, enquanto Lucas afirmou desconhecer a existência do montante.

A organização criminosa, que atua de forma coordenada desde 2021, teria movimentado cerca de R$1,4 bilhão, proveniente de emendas parlamentares e contratos com órgãos públicos. Os crimes incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. O “Rei do Lixo”, José Marcos Moura, suspeito de liderar o esquema, prospectava contratos com a cooptação de servidores mediante o pagamento de propina.

O modus operandi da organização envolvia a cooptação de servidores públicos, superfaturamento de obras e desvios de recursos. A lavagem de dinheiro era feita de forma sofisticada, incluindo o uso de empresas de fachada e contas bancárias em nomes de terceiros. Os investigados, como Alex, Fábio Rezende Parente, e Lucas Lobão desejam esclarecer todos os fatos no curso da investigação. Defesas de outros suspeitos negaram participação na organização criminosa.

Entre os demais suspeitos detidos estão políticos, empresários e servidores públicos. Francisco Manoel do Nascimento Neto, vereador, tentou se livrar de dinheiro com uma sacola. Flávio Henrique de Lacerda Pimenta foi exonerado da Secretaria Municipal de Educação por suspeita de favorecimento. Diversas outras figuras, como Kaliane Lomanto Bastos, Orlando Santos Ribeiro, Diego Queiroz Rodrigues, entre outros, são acusadas de integrar a organização criminosa e favorecer os desvios milionários de recursos públicos.

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Família de motociclista morto em acidente entra na Justiça após imagens contraditórias; assista ao VÍDEO. Novas reviravoltas no caso.

Família de motociclista morto entra na Justiça após imagens mostrarem nova versão de acidente; VÍDEO

A família de Aldemir Marcolino, o motociclista de 28 anos que morreu em um acidente em Guarujá, no litoral de São Paulo, entrou na Justiça após imagens de câmeras de monitoramento mostrarem uma nova versão do acidente. Segundo o advogado que representa os parentes da vítima, o vídeo contradiz os depoimentos dos outros envolvidos, que colocaram o jovem como “autor” da colisão.

O acidente entre duas motos e um ônibus aconteceu na Avenida Santos Dumont, no bairro Jardim Boa Esperança, por volta das 9h40 de 25 de outubro. Um boletim de ocorrência (BO) foi registrado como lesão corporal culposa e homicídio culposo na direção de veículo automotor.

No registro policial, o motociclista foi apontado como “autor” e “vítima” do acidente, enquanto duas mulheres que estavam em outra moto foram citadas apenas como “vítimas” e o motorista de um ônibus como “parte”.

A defesa da família de Marcolino teve acesso às imagens gravadas por câmeras de monitoramento. No vídeo, é possível ver que o jovem foi ‘empurrado’ pelo ônibus e caiu do outro lado da via, colidindo com a moto em que as mulheres estavam.

De acordo com o BO, as mulheres foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com ferimentos leves, sendo levadas para um pronto-socorro da cidade. Na unidade de saúde, elas sugeriram aos PMs que Marcolino teria causado o acidente porque estava na contramão da via.

Segundo a City Transporte, responsável pelo transporte coletivo, o BO registrou “a imprudência do motociclista”. A companhia acrescentou que, conforme versão do motorista do ônibus, Marcolino colidiu contra o para-choque dianteiro do automóvel após invadir a contramão, tentando fazer uma ultrapassagem na via congestionada.

O advogado Erasmo Fonseca, que representa a família da vítima, disse que as imagens mostraram a necessidade de alteração do BO e também a investigação da culpa do motorista de ônibus. Além disso, afirmou ter entrado com uma ação para que a empresa do transporte coletivo pague danos morais e uma pensão mensal à família de Marcolino. Em nota, a empresa do coletivo lamentou profundamente o acidente e afirmou que acompanha o caso. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado no 1º Distrito Policial (DP) de Guarujá.

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