A Polícia Federal realizou a apreensão de R$1,5 milhão com suspeitos de desvios de recursos públicos dias antes da Operação Overclean. A investigação apontou que o dinheiro era destinado como propina, e os investigadores afirmaram que ele tinha origem ilícita. Esse montante foi transportado de Salvador para a capital federal em um voo particular, demonstrando a conexão entre os suspeitos e Brasília, onde os pagamentos ilegais seriam realizados.
Segundo informações da Receita Federal, a organização criminosa em questão estava operando de forma estruturada para desviar recursos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais. A quantia apreendida foi transportada em um voo particular de Salvador para Brasília, o que chamou a atenção das autoridades. A investigação resultou na prisão de 17 suspeitos, incluindo o empresário Alex Rezende Parente e o ex-coordenador do DNOCS na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira.
Além da apreensão do dinheiro, a Polícia Federal também coletou depoimentos dos suspeitos envolvidos e encontrou diversas contradições em seus relatos. A investigação identificou que o empresário Alex Rezende Parente e Lucas Maciel Lobão Vieira utilizavam aeronaves para transportar valores em espécie, indicando a existência de um esquema complexo e organizado de desvios de recursos públicos.
A organização criminosa em questão atuava de forma sistemática e coordenada desde 2021, movimentando cerca de R$1,4 bilhão em recursos ilícitos. Os crimes apurados incluíam corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, além de lavagem de dinheiro. A descoberta do esquema se deu a partir de investigações da Receita Federal, que identificou um esquema estruturado para desviar recursos públicos de emendas parlamentares e convênios.
Os suspeitos detidos são acusados de participar de um esquema complexo de desvios milionários de recursos públicos, envolvendo desde o direcionamento de contratos superfaturados até a lavagem de dinheiro de forma sofisticada. As investigações apontaram para a existência de uma rede de empresas de fachada e métodos para dissimular a origem dos valores desviados, resultando em penas que podem ultrapassar 50 anos de reclusão, além de multas previstas na legislação.
A defesa dos investigados informou que irá esclarecer todos os fatos no decorrer da investigação e eventual processo. As prefeituras e empresas mencionadas na operação aguardam a conclusão das investigações e se colocam à disposição para colaborar com as autoridades competentes. A operação resultou na prisão de diversos suspeitos, incluindo políticos e empresários, evidenciando a complexidade do esquema de desvios milionários de recursos públicos na Bahia e em outros estados.