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Operação Parasitas: Organização é investigada por desvio de recursos públicos em hospitais

Última atualização 16/09/2021 | 11:21

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção – DECCOR, deflagrou na manhã desta quinta-feira (16) a Operação Parasitas. A operação tem como objetivo investigar desvio de recursos públicos na área de saúde do ano de 2020 durante a pandemia da Covid-19.

São cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, sendo 21 em Goiânia e 2 no Estado de São Paulo. Também foram sequestrados valores e apreendidos bens dos investigados no montante de 6 milhões de reais, que serão destinados à reparação dos danos causados ao erário.

De acordo com investigações, o esquema criminoso era instalado na Organização Social Brasileiro de Gestão Hospitalar – IBGH, que resultou no desvio de seis milhões de reais destinado a compra de materiais e insumos hospitalares destinados ao combate da Covid-19.

O suspeito utilizava empresas de fachada com nomes de laranja para contratar em regime de urgência o fornecimento de materiais hospitalares. Após o pagamento das despesas, foi detectado que parte do dinheiro teria retornado a pessoa intimamente ligadas aos gestores da Organização Social, em esquema de lavagem de dinheiro.

As investigações ainda revelam que os indícios de emissão de notas fiscais falsas pelas empresas de fachada para justificar o recebimento de recursos públicos, chegando a não entregue materiais contratados ou sendo entregues em menores quantidades ou qualidade reduzida.

As irregularidades teria ocorrido em Contrato de Gestão relacionados à administração do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – HMAP, dos Hospitais Estaduais de Pirenópolis (HEELJ), Jaraguá (HEJA) e de Urgências da Região Sudoeste, em Santa Helena de Goiás (HURSO), bem como de centros médicos voltados a tratamento de pacientes deCOVID-19 localizados no Estado do Amapá.

Apenas os hospitais goianos não são mais administrados pela Organização Social investigada, em virtude de revogação dos respectivos contratos de gestão.

A organização é investigada pelos crimes de Constituição de Organização Criminosa, Falsidade Ideológica, Peculato e Lavagem de Dinheiro.