Operação PCC: “Mijão”, “Dragão” e “Diabo Loiro” na mira da justiça por lavagem de dinheiro

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“Mijão”, “Dragão” e “Diabo Loiro”: entenda quem é quem na operação contra lavagem de dinheiro do PCC

Justiça bloqueou imóveis de luxo e decretou nove prisões preventivas. Um suspeito morreu e um policial ficou ferido durante um confronto.

Ação do Ministério Público e da PM de São Paulo mira lavagem de dinheiro do PCC

Documentos obtidos pelo DE revelam quem é quem na operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e pela Polícia Militar, nesta quinta-feira (30), que mira um esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil.

Entre os alvos está o principal chefe em liberdade da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, “Xixi” ou “2X”. Mijão segue foragido, mas o filho dele, Sérgio Luiz de Freitas Neto, foi preso nesta quinta.

Das nove prisões preventivas decretadas, cinco alvos foram capturados pelo 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar, entre eles, o filho do chefe do PCC. Um foi preso na Bahia. Outros dois já estavam presos e um segue foragido.

A operação também mira Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”, que foi alvo de mandado de busca e apreensão. Assim como Mijão, Caipira está foragido há anos. Ambos integram a lista de criminosos mais procurados do país, e as últimas informações do MP indicam que estariam na Bolívia.

Durante o cumprimento dos mandados, as buscas foram realizadas em condomínios de alto padrão de Campinas, como Alphaville, Entreverdes, Jatibela e Swiss Park, entre outros. Em um deles, no distrito de Sousas, houve confronto entre policiais e um dos investigados. Luís Carlos dos Santos morreu no local, e um policial militar foi baleado e encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp, onde recebeu atendimento médico.

Além dos mandados de prisão, foram emitidos 11 de busca e apreensão. A Justiça também determinou outras medidas, incluindo o bloqueio de 12 imóveis de luxo e de valores em contas bancárias. Os mandados também foram cumpridos ao longo da manhã em Mogi Guaçu (SP) e Artur Nogueira (SP).

A ação desta quinta é um desdobramento das operações “Linha Vermelha” e “Pronta Resposta”, que desarticularam em agosto um plano do PCC para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, em Campinas.

A partir da análise do material apreendido nessas ações, promotores e policiais descobriram novos esquemas criminosos que conectavam empresários e traficantes. A investigação mostrou que os criminosos realizaram diversas transações financeiras para disfarçar a origem do dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, utilizavam diferentes estratégias, incluindo o uso de empresas e atividades aparentemente lícitas para lavar os valores ilícitos.

Em certo momento, surgiram brigas e desentendimentos entre os integrantes do grupo. Foi nesse período que eles fizeram várias transações de imóveis e movimentações financeiras para espalhar o patrimônio e esconder quem eram os verdadeiros donos e de onde vinha o dinheiro, e essas operações acabaram sendo descobertas pelo Ministério Público.

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