O Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil e a Fazenda estadual estão realizando uma operação para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em lojas de brinquedos infantis. Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão em shoppings de São Paulo, sendo quatro na capital paulista (Center Norte e Mooca), um em Guarulhos (Shopping Internacional) e outro em Santo André, no ABC paulista. Os shoppings são suspeitos de abrigar lojas ligadas ao crime.
Além dos mandados, a Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens e valores que chegam a R$ 4,3 milhões. Os alvos da operação têm conexão com Claudio Marcos de Almeida, também conhecido como Django, apontado como traficante de drogas e fornecedor de armamento pesado para a facção criminosa. Django foi assassinado em janeiro de 2022, durante conflitos internos do PCC.
Os promotores responsáveis pela operação investigam a ex-mulher de Django e a irmã dela por realizarem investimentos significativos na criação de lojas de uma rede de franquias de brinquedos infantis, mesmo não tendo ocupação lícita declarada. Em abril de 2024, durante a Operação Fim da Linha, o nome de Django já havia sido mencionado como um dos principais cotistas da UPBUS, uma empresa de transporte por ônibus em São Paulo utilizada pelos membros do PCC para lavagem de dinheiro.
O nome da operação realizada nesta quarta-feira (22) é Operação Plush, e faz referência ao ramo de atuação escolhido para o esquema: o comércio de pelúcias. A ação tem o objetivo de combater a lavagem de dinheiro do PCC em lojas de brinquedos infantis nos shoppings da região de São Paulo. A Polícia Civil, o Ministério Público e a Fazenda estadual estão trabalhando em conjunto para desmantelar essa rede de lavagem de dinheiro associada ao crime organizado.