Policiais civis apreenderam diversos bens de luxo, incluindo carros de alto padrão, joias e até mesmo uma luneta-sniper, durante uma operação realizada para combater o furto de combustíveis de dutos subterrâneos da Petrobras no Rio de Janeiro. Segundo a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), a ação tinha como alvo o filho do bicheiro Luizinho Drumond, que estava à frente de uma quadrilha especializada nesse tipo de crime.

O bicheiro Vinicius Drumond, que também é vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense, foi identificado como o chefe estratégico e financeiro da organização criminosa responsável pelos furtos de combustíveis. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do suspeito, localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, e em um haras da família em Cachoeiras de Macacu, onde foram encontrados os itens apreendidos.

Entre os bens confiscados estavam duas BMWs X6 avaliadas em R$ 1,3 milhão cada, joias com o brasão da Imperatriz Leopoldinense, um relógio de R$ 500 mil, R$ 200 mil em espécie e até mesmo um celular pertencente a Vinicius. Além disso, uma luneta para fuzil foi encontrada durante a operação, indicando a sofisticação das atividades criminosas empreendidas pela quadrilha.

A polícia também investigou a sede da Horizonte 16, uma locadora de veículos suspeita de envolvimento no caso, onde foi encontrada outra luneta para fuzis. Essa empresa já estava sob investigação devido ao seu suposto envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo em 2024. Os agentes descobriram que o veículo usado na emboscada ao advogado foi alugado pela locadora, reforçando as conexões do grupo criminoso.

A DDSD revelou que a quadrilha chefiada por Vinicius Drumond atuava não apenas no Rio de Janeiro, mas também em outros estados, desviando petróleo de dutos subterrâneos com o objetivo de revendê-lo para a produção de asfalto, borracha e plástico. A organização contava com diferentes níveis de atuação, incluindo perfuradores, transportadores, informantes e laranjas, além de contar com o financiamento do jogo do bicho.

Com fortes ligações com a contravenção carioca, Mauro Pereira Gabry, Franz Dias Costa e Vinicius Drumond foram alvos dos mandados de busca e apreensão. A polícia destacou o papel estratégico de Mauro no grupo, que era responsável pela administração das operações criminosas na região do Sul Fluminense, sob a supervisão de Vinícius. Em meio a investigações complexas, a operação visa desmantelar esquemas criminosos que causam prejuízos não apenas financeiros, mas também riscos ambientais graves.