Sete pessoas foram detidas em uma operação realizada nesta quinta-feira (16) contra uma organização criminosa sob suspeita de ter cometido pelo menos três homicídios com requintes de crueldade na cidade de Marechal Cândido Rondon, localizada no oeste do Paraná, conforme relatou a delegada Yasmin Espicalsky. Os crimes são associados ao tráfico de entorpecentes e eram executados após decisões em um “tribunal paralelo” como modo de ameaça aos demais integrantes do grupo, a fim de assegurar que as “regras” da facção criminosa não fossem violadas.
De acordo com a delegada, os detidos não estavam promovendo justiça, mas sim aplicando uma sistemática de punição àqueles que desrespeitavam as normas impostas pelo grupo. Quem se envolve com tal organização criminosa fica à mercê desse tipo de julgamento, sendo essa conduta exatamente a mensagem que desejam transmitir à sociedade, conforme asseverou Espicalsky. A intimidação era praticada de forma cruel, com os corpos das vítimas sendo desovados de maneira brutal, como forma de aterrorizar e coagir os demais.
Os mandados de prisão foram efetuados nas cidades de Foz do Iguaçu, Toledo e Marechal Cândido Rondon, no oeste do estado, além de Guaratuba, no litoral. Os policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão durante a operação, sendo que dois suspeitos ainda estão foragidos. Entre os alvos capturados, uma mulher e dois homens foram detidos, com um deles identificado como o “líder” da gangue. Outros quatro integrantes da facção já estavam detidos pelas autoridades.
As investigações tiveram início a partir de três assassinatos ocorridos em julho de 2024. O primeiro caso envolveu o assassinato brutal de uma mulher usuária de drogas por um casal vinculado à organização criminosa. Em seguida, esse casal foi executado após passar por um falso julgamento interno, designado como “tribunal do crime”. A delegada acrescentou que o casal também foi alvo de homicídio após ter recebido condenação do “tribunal do crime”, sendo encontrados sem os olhos como uma sistemática de intimidação, evidenciando a extrema brutalidade do grupo criminoso.
A operação contou com a mobilização de aproximadamente 50 agentes policiais, entre civis e militares, que atuaram conjuntamente para desarticular a organização criminosa e apreender elementos relevantes para esclarecer os crimes. O trabalho investigativo revelou a sordidez e a sagacidade dos criminosos, que empregaram métodos brutais para aterrorizar e controlar a população mediante a imposição de temor e respeito. Os envolvidos responderão pelos delitos cometidos e a justiça será feita em prol da segurança e ordem na sociedade.
Neste contexto, cabe destacar a importância do desmantelamento de grupos criminosos que atuam à margem da lei, promovendo violência e medo na comunidade. A ação das forças de segurança é fundamental para coibir essas práticas delituosas e garantir um ambiente seguro e pacífico para todos os cidadãos. A colaboração da população também é essencial para denunciar atividades ilícitas e contribuir com o combate ao crime. Juntos, podemos construir uma sociedade mais justa e livre da influência do crime organizado.