A Polícia do Rio de Janeiro desmantelou um serviço ilegal de internet controlado por Peixão no Complexo de Israel. Segundo a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), responsável pela operação, a empresa gerava receita para o tráfico. Um homem foi preso em flagrante na sede da empresa clandestina.
Agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) desmontaram nesta terça-feira (11) uma empresa ilegal que oferecia o serviço de internet para moradores do Complexo de Israel, na Penha, na Zona Norte do Rio. O conjunto de favelas é dominado pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), e apontado pela investigação como o verdadeiro dono e controlador da empresa clandestina de internet.
De acordo com os investigadores, o provedor ilegal gerava lucros milionários para a facção, que utilizava esse dinheiro para financiar suas atividades criminosas, incluindo o tráfico de drogas e a expansão territorial. O serviço ilegal de internet também ajudava a consolidar o domínio territorial da quadrilha de Peixão na região, eliminando empresas regulares e impondo um monopólio criminoso sobre os serviços de internet na comunidade.
Durante a operação, os agentes da DDSD apreenderam equipamentos furtados de prestadoras de serviços oficiais como cabos, baterias e nobreak. Também foram apreendidos um veículo utilizado pelo provedor ilegal e o telefone celular do proprietário, que será periciado para identificar outros envolvidos no esquema.
A operação da DDSD foi apenas mais uma das ações das forças de segurança do estado no Complexo de Israel nesta terça-feira (11). Mais cedo, polícias demoliram imóveis de luxo do traficante Peixão. Um desses imóveis foi o “resort” construído pelo criminoso dentro da comunidade Parada de Lucas. O local conta com uma mansão com ampla piscina, lago artificial com deck e peixes, academia, área para churrasco, entre outros luxos.
Os equipamentos da academia que foram apreendidos serão levados para a Cidade da Polícia e usados no treinamento de agentes. O espaço fica ao lado de uma área de mata e foi construído irregularmente em área de preservação ambiental, com vasta supressão de vegetação nativa e alteração do curso d’água. Em outro momento da operação, policiais também derrubaram a estrutura com a Estrela de Davi, símbolo utilizado pelo grupo criminoso comandado por o Peixão.