Quase 16 mil alunos ficaram sem aulas devido à operação policial na Zona Norte contra o avanço do CV. Nesta terça-feira, as polícias Civil e Militar realizaram uma ação em comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro, resultando no fechamento de 57 unidades de ensino da rede municipal. Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação, cerca de 16 mil alunos foram afetados, com 25 escolas fechadas nos complexos do Alemão e da Penha. A ação teve como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho na Zona Oeste da cidade.
Durante a operação, um sargento do Bope e um taxista de 49 anos foram baleados e encaminhados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde se encontram em estado estável. Além disso, três pessoas foram presas. O impacto nas comunidades afetadas foi significativo, com 15.889 alunos sem aulas em diferentes regiões da Zona Norte. O Complexo do Alemão, Ramos, Inhaúma, Penha, Vila Kosmos, entre outras áreas, tiveram escolas afetadas pela operação.
As investigações apontam que as comunidades da Zona Oeste têm sido palco de intensos confrontos entre o CV e o TCP. Traficantes como Lacoste e Coelhão, ligados ao Terceiro Comando Puro, expandem sua influência a partir da Serrinha, enquanto o Comando Vermelho, chefiado por Doca, promove ofensivas do Morro do Juramento. A atuação conjunta das polícias busca conter a violência e retomar o controle dessas áreas.
Durante uma agenda no início da tarde, o governador Cláudio Castro se pronunciou sobre a operação, destacando a importância da integração entre as forças de segurança. Embora haja preocupação com possíveis efeitos colaterais, o objetivo principal é garantir a segurança da população e restaurar a ordem nas comunidades afetadas. O trabalho conjunto das polícias e o apoio do governo têm sido essenciais nesse processo.
A operação contou com equipes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital, com apoio de outras unidades especializadas e do Bope. As ações visam conter a expansão do CV para a Zona Oeste e combater a criminalidade nessas regiões. O governador ressaltou a importância do trabalho contínuo das forças de segurança e reafirmou o compromisso de não parar até que a população esteja segura e livre da violência.