Após a morte do chefe do TCP em uma operação policial, o tráfico de drogas na comunidade da Maré tomou caminhões como barricadas para tentar conter as forças de segurança. Entre os veículos abandonados nas vias, estavam um compactador de lixo da Comlurb, uma carreta recolhedora de caçamba e diversos caminhões de carga e de mudança.
Criminosos utilizaram carros e caminhões para bloquear as vias do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, durante uma operação policial de emergência realizada na sexta-feira (26). Na ação, Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria e apontado como líder do Terceiro Comando Puro (TCP) na região, foi morto.
Contra Cria existiam 3 mandados de prisão em aberto. Ele era temido na comunidade e, segundo relatos de moradores, chegou a matar em discussões durante jogos de cartas. Os veículos utilizados como barricadas incluíam um compactador de lixo da Comlurb, uma carreta recolhedora de caçamba e caminhões de carga e mudança.
A operação de segurança teve início por volta das 8h30 e, às 8h50, a Linha Amarela foi fechada pela primeira vez. Durante a manhã, outros bloqueios foram implantados como medidas preventivas. Em decorrência dessas interdições, 38 linhas de ônibus foram impactadas na região.
A utilização de veículos como barricadas é uma tática comum adotada por grupos criminosos para dificultar a atuação das forças de segurança durante operações em áreas controladas pelo tráfico de drogas. O uso de caminhões e carros para bloquear vias pode gerar transtornos à população e impactar o transporte público na região.
A presença de barricadas improvisadas nas ruas também representa um desafio adicional para as forças policiais, que precisam lidar com obstáculos físicos para avançar em áreas dominadas pelo crime organizado. A troca de tiros e confrontos armados durante operações policiais em comunidades como a Maré demonstram a complexidade e a violência presentes no combate ao tráfico de drogas e à criminalidade na cidade do Rio de Janeiro. Ações pontuais como essa visam desarticular organizações criminosas e restabelecer a ordem em regiões afetadas pela atuação do crime.