Operação prende 14 PMs suspeitos de corrupção e facilitação do tráfico em Fortaleza

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DE prende 14 policiais militares suspeitos de receber propina para facilitar o
tráfico de drogas em Fortaleza — Foto: João Victor/TV Verdes Mares

Uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE) realizada nesta terça-feira
(29) prendeu 14 policiais militares suspeitos de integrar uma organização
criminosa voltada à prática de corrupção, extorsão e facilitação do tráfico de
drogas em bairros da Grande Messejana, em Fortaleza.

A “Operação Kleptonomos”, realizada por meio do Grupo de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco), teve o objetivo de cumprir 34 mandados, sendo 16 de prisão
preventiva e outros de busca e apreensão, nas cidades cearenses de Fortaleza,
Itaitinga, Maracanaú e Russas, além de Maceió, em Alagoas.

A Justiça autorizou ainda a quebra do sigilo das informações contidas nos
aparelhos telefônicos e equipamentos de armazenamento portátil e a suspensão do
exercício de função pública dos agentes investigados.

INVESTIGAÇÃO

Segundo o Ministério Público, o caso começou a ser investigado no final de 2022,
a partir de denúncias anônimas encaminhadas ao Gaeco.

Na ocasião, os denunciantes relataram sobre um esquema criminoso envolvendo
policiais militares nos bairros Paupina e Coaçu, especificamente na comunidade
Pôr do Sol e no condomínio Residencial dos Escritores.

Conforme a denúncia, os policiais militares estariam recebendo propina de
traficantes da região para evitarem a ação policial naquela área, permitindo o
livre comércio de drogas na área.

“No decorrer da investigação, os indícios foram confirmados e o Gaeco ofereceu
denúncia ao Poder Judiciário contra 16 policiais militares do Ceará envolvidos
no esquema, por integrarem organização criminosa, valendo-se da condição de
servidor público; corrupção passiva com causa de aumento; extorsão qualificada;
e por colaborarem, como informantes, com grupo para a prática do crime de
tráfico de entorpecentes”, disse o Ministério Público.

O nome da operação, “Kleptonomos”, tem origem no grego e significa “aquele que
rouba a lei”, representando a ideia de servidores que usurpam a autoridade legal
para impor regras próprias em afronta ao sistema de justiça.

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