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Operação prende sete pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos no Detran

Última atualização 07/11/2019 | 17:28

Sete pessoas foram presas nesta quinta-feira (7), durante a Operação Cegueira Deliberada, que investiga crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran). Também foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão, sendo 32 contra pessoas e 23 contra empresas. Os crimes foram cometidos na gestão anterior, entre 2014 e 2015. A operação é realizada pela Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

As investigações apontam fraude em processo licitatório realizado pelo Detran em 2014 para o serviço de vistoria veicular. Diversas ilegalidades foram encontradas no procedimento, entre elas, critério indevido de julgamento de propostas, direcionamento na confecção do edital e ausência de audiência pública, bem como irregularidades relacionadas à habilitação da empresa Sanperes. Conforme apurado, por meio de superfaturamento e reajustes ilegais, foram obtidos – de forma indevida -, mais de R$ 100 milhões entre 2015 a fevereiro de 2019.

Entre os alvos de mandado de busca e apreensão está o ex-presidente do Detran João Furtado Neto. O proprietário da Sanperes, Daniel Ganda dos Santos, foi preso temporariamente. Até o momento, foram apreendidos 16 veículos e uma motocicleta, obras de arte de artistas renomados, como Antônio Poteiro, relógios de luxo e uma grande quantidade de dinheiro que ainda está sendo contabilizada.

Balanço
Mais informações da operação serão apresentadas logo mais, às 15 horas, após a inauguração da sede do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECCOR) da Polícia Civil, na Rua 17, quadra 02, Lote 05, no Setor Aeroviário. Também será lançado o serviço de Disque Combate à Corrupção. Estarão presentes o governador Ronaldo Caiado, o secretário de Segurança Pública Rodney Miranda, o delegado geral da Polícia Civil Odair José, entre outras autoridades.

Criado pela atual gestão, o grupo atua, desde maio de 2019 na repressão às infrações penais que causem prejuízo ao erário e a moralidade administrativa, bem como enriquecimento ilícito. O GECCOR conta com apoio técnico da Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da SSP.

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