Operação que desarticulou grupo de sonegar R$ 135 milhões entra em nova fase

Operação que desarticulou grupo de sonegar R$ 135 milhões entra em nova fase

A Secretaria da Economia de Goiás e a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) apresentaram detalhes da Operação Porífera, na manhã de sexta-feira ,14, que desarticulou um grupo empresarial considerado um dos grandes sonegadores do ramo de bebidas em Goiás.

Duas pessoas foram presas e equipamentos foram apreendidos no entorno do Distrito Federal, durante ação realizada ontem pelo fisco e DOT.

A operação intitulada Porífera (remete à esponja) entra agora numa nova fase.

“A Receita Estadual vai se debruçar sobre as informações e dados obtidos com base no material apreendido na quinta-feira, para aprofundar não apenas as provas contra os responsáveis por esses estabelecimentos, mas, também, contra outros que possam estar relacionados”, destaca a secretária da Economia, Selene Peres Peres Nunes.

OPERAÇÃO

Além da sonegação fiscal no pagamento do ICMS, que chega a R$ 135 milhões, vai ser apurado, também, se o grupo distribuidor de bebida abria empresas com o objetivo dissimular a origem e destino de cargas vindas de outros estados sem documentação.

“Também serão investigados os estabelecimentos atacadistas que adquiriam a mercadoria desse grupo para revenda para sabermos a conexão”, ressaltou a secretária Selene Peres.

A movimentação das seis empresas do grupo é alta, chegando a R$ 1,6 bilhão nos últimos cinco anos, na comercialização de bebidas, especialmente whisky e gin importados.

“Esse volume comercializado praticamente sem o pagamento de ICMS com o alto volume de créditos tributários em comparação com os débitos, chamou a atenção do Fisco”, ressaltou o gerente de Arrecadação e Fiscalização da Economia, Montaigne Mariano de Brito.

Ele explica que, desde 2019, foram lavrados 36 autos de infrações contra o grupo com valores, entre ICMS e multa, de R$ 73 milhões, já inscritos na dívida ativa. O trabalho teve início na Delegacia Fiscal de Luziânia.

O delegado adjunto da DOT, Alexandre Alvim, disse que duas pessoas estão presas temporariamente acusadas de associação criminosa.

“Aparentemente eram os responsáveis por administrar as empresas. Um deles já havia sido preso anteriormente por recepção de carga roubada. A investigação vai continuar e pode alcançar entre 30 e 40 pessoas.

Combate à sonegação 

Essa é a segunda grande operação no ramo de bebidas realizada esse ano pela Receita Estadual para combater a sonegação fiscal.

“Temos atuado firmemente no combate à sonegação fiscal e à concorrência desleal. Enfrentamos perdas de arrecadação por conta de lei federal e não podemos e nem é justo com aqueles que agem dentro da lei, deixar a sonegação acontecer”, frisou Selene Peres.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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