“Operação Refinaria Livre: Polícia Civil desmantela associação criminosa na Baixada Fluminense”

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Recentemente, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Refinaria Livre, que visa desarticular uma associação criminosa responsável por extorsões sistemáticas contra empresas localizadas no entorno da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense. A força-tarefa reúne agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE-CAP), da Baixada Fluminense (DRE-BF) e da 60ª DP (Campos Elíseos) e tem como alvos um grupo liderado por Joab da Conceição Silva, conhecido como Joab, integrante do Comando Vermelho, e por um pastor que se passava por líder comunitário e religioso, mas atuava como intermediador do tráfico nas ações de coação empresarial. Até o momento, três indivíduos foram presos.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão temporária e busca e apreensão em endereços na Baixada, com o objetivo de reunir provas, impedir a coação de testemunhas, frear a interferência criminosa sobre empresários e trabalhadores. As investigações revelaram que empresas instaladas na área industrial da Reduc estavam sendo obrigadas a pagar mensalidades ao tráfico sob ameaça de incêndio de caminhões, agressões a funcionários, interrupção das atividades produtivas e bloqueio de acesso às instalações.

O inquérito apontou que um pastor ligado à facção visitava pessoalmente as empresas, se apresentando como representante comunitário e impondo regras ditadas diretamente por Joab da Conceição Silva, como a proibição de permanência de caminhões nos pátios e a contratação de moradores ligados ao tráfico. Além disso, o religioso era responsável por negociar acordos com os empresários para evitar represálias. Empresas chegaram a interromper suas atividades por vários dias devido às ameaças do grupo criminoso.

A quadrilha também se infiltrou no setor de Recursos Humanos das empresas, controlando ilegalmente os processos seletivos. Integrantes do grupo exigiam a contratação de pessoas sem qualificação, cobravam vantagens indevidas em troca de vagas e determinavam a contratação de parentes e aliados do tráfico. Um dos casos identificados foi a contratação da companheira de Joab, sem critérios técnicos, pouco antes de um ataque à delegacia de Campos Elíseos. O pastor que colaborava com a facção foi preso em Betim durante uma operação contra grupos criminosos que faziam armazenamento ilegal de armas.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha utilizava ameaças de atentados contra empresas e trabalhadores como forma de controle. A apreensão de explosivos reflete o modus operandi do grupo, que representava um risco direto para o polo industrial da Reduc e o transporte nacional de combustíveis. A operação continua em andamento, com o objetivo de identificar outros envolvidos e combater o esquema de extorsão. Se inscreva na newsletter para receber mais informações sobre segurança, saúde e meio ambiente.

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