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Operação resgata 55 pessoas em condições análogas à escravidão em Goiás

Uma operação do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), resgatou 55 pessoas que vivam em situação análogas à escravidão em Nova Crixás, Arenópolis e Pontalina, munícipio nos interiores de Goiás. Imagens mostram as condições em que os trabalhadores estavam nas fazendas dos municípios.

A operação foi realizada entre os dias 18 e 29 de outubro. Ao todo, 12 denúncias foram feitas para o órgão, que constatou irregularidades em quatro dos casos. Só em Nova Crixás, duas fazendas foram notificadas. Segundo os fiscais, donos devem responder pelos crimes na Justiça.

Nova Crixás

Em uma fazenda da cidade foram encontrados cinco trabalhadores alojados em cômodos sem ventilação, e dormiam no chão. Eles faziam atividades de produção de ração para gado.

Cama improvisada onde os trabalhadores dormiam (Foto:Divulgação/MTP)

Em outra propriedade no mesmo munícipio, foram encontrados seis trabalhadores rurais alojados em um galpão usado como oficina e depósito de materiais, inclusive agrotóxicos. Os homens havia sido contratados para catar tocos e pedras em pastagens que seriam transformadas em plantações de soja.

Condições da fazenda onde os trabalhadores foram encontrados (Foto: Divulgação/MTP)

Arenópolis

Já em Arenópolis, foram encontrados 11 trabalhadores, contratados de forma irregular na Bahia, que faziam atividade de roçagem de pastos numa fazenda de criação de gado. Eles estava alojados em barracos de lona plástica.

Os trabalhadores haviam sido contratados de forma irregular na Bahia (Foto: /MTP)

Pontalina

No sul do estado, foram encontrados a maior quantidade de trabalhadores. Ao todo 33 trabalhadores foram contratados irregularmente em municípios do interior de São Paulo para fazer colheita de laranja na fazenda da região. De acordo com os fiscais, eles estavam em alojamentos sem estrutura e dormiam colchões velhos.

Os trabalhadores foram encontrados em colchões velhos e situação precária (Foto: Divulgação/MTP)

Punição

Segundo os fiscais, nenhum trabalhador possuía Carteira de Trabalho assinada. O Ministério notificou os responsáveis e obrigou os empregadores a regularizar os contratos de trabalho além de pagar as rescisões dos trabalhadores que custaram cerca de R$ 450 mil.

“Todos eles receberam as verbas rescisórias dos seus empregadores, foram levados de volta para seus estados às custas dos empregadores e tiveram seguro desemprego liberado pelo Ministério do Trabalho”, explicou o Auditor-Fiscal do Trabalho Roberto Mendes.

Os proprietários foram autuados pela Auditoria Fiscal do Trabalho por manter trabalhador em condições análogas à escravidão e por inúmeras outras infrações trabalhistas. Se acusados, podem pegar pena de 8 anos de prisão.