Operação “Siderado” da PF desmonta esquema bilionário de drogas em cinco estados

A Polícia Federal (PF) desarticulou um esquema bilionário de tráfico internacional de drogas e realizou ações de cumprimento de mandados no Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. A operação “Siderado” teve como objetivo desmantelar um esquema criminoso que movimentou mais de R$ 2 bilhões em cerca de 2 anos. Foram cumpridos 32 mandados, dentre eles 19 de prisão e 13 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas de 38 investigados e o cancelamento das atividades de 7 empresas.

As investigações tiveram início em abril de 2023, após a apreensão de 1,5 tonelada de drogas e 5 fuzis pela Polícia Civil do Amazonas. A droga seria destinada ao Distrito Federal, conforme apurado pelas autoridades. Desde então, a PF deflagrou três operações para identificar os envolvidos nesse esquema, revelando uma rede complexa de empresas de fachada que movimentavam recursos dos suspeitos, inclusive realizando remessas de valores para a Colômbia, onde um dos suspeitos reside, para pagamento das drogas.

O inquérito policial revelou mais de R$ 2,2 bilhões em movimentações financeiras realizadas pelo grupo em apenas dois anos, destacando a magnitude da operação criminosa. As operações “Rei do Skunk”, “Fênix” e “Espelhum”, realizadas ao longo do último ano, resultaram no mapeamento de quase 40 suspeitos, incluindo gestores financeiros, traficantes e laranjas do grupo, além da apreensão de armas, drogas e bens de luxo como relógios e veículos.

Além do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, há evidências de práticas de crimes violentos, incluindo contra membros da própria organização criminosa. Um dos suspeitos, que atuava como “mula”, teria sido sequestrado e torturado pela liderança do esquema após suspeitas de desaparecimento de drogas. Outro investigado seria um dos líderes de uma facção criminosa atuante na região Nordeste, especificamente nos Estados da Bahia e Sergipe. As investigações continuam em andamento para identificar e responsabilizar os envolvidos nesse esquema criminoso.

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Prefeitura de Manaus deve liberar Praia da Ponta Negra após flagrante de banhistas: Entenda.

Após flagrante de banhistas, a Prefeitura de Manaus deve anunciar a liberação da Praia da Ponta Negra. Segundo a prefeitura, a liberação do banho será possível devido à subida das águas do Rio Negro, que ultrapassou a cota de emergência de 16 metros. Com a seca severa, a praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, estava interditada para banho.

A Prefeitura de Manaus fará o anúncio das ações para a liberação da Praia da Ponta Negra nesta quinta-feira (26). O anúncio vem após o flagrante feito pela Rede Amazônica de banhistas desrespeitando os avisos de interdição para banho, que estão em vigor desde 17 de setembro. A liberação do banho na praia será possível devido ao aumento do nível do Rio Negro, que atingiu 17,09 metros na terça-feira (24), ultrapassando a cota de emergência de 16 metros.

A prefeitura informou, por meio de nota, que o anúncio oficial sobre a liberação do banho na Praia da Ponta Negra será feito às 9h de quinta-feira (26), no anfiteatro do complexo turístico, na Zona Oeste de Manaus. Apesar do anúncio, o local permanece interditado no feriado de Natal, pois na quarta-feira (25) ainda foi possível flagrar banhistas desrespeitando as placas de interdição e vandalizando a cerca que delimita a área interditada.

O monitoramento das condições de banho na praia foi intensificado nos últimos 15 dias pela Prefeitura de Manaus, que solicitou laudos e relatórios do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Corpo de Bombeiros. A interdição da Praia da Ponta Negra foi necessária devido à proximidade do fim do aterro perene e ao leito natural do Rio Negro, que pode apresentar alterações no terreno durante os movimentos de cheia e vazante.

Em 2013, a Prefeitura de Manaus assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), resultando na adoção de normas para o uso da praia. De acordo com o TAC, a interdição pode ser aplicada sempre que laudos e relatórios comprovarem que as condições da praia se tornam impróprias para os banhistas, como ocorreu este ano após o Rio Negro atingir 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição.

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