Um grupo especializado em falsificações que permitiam uma “vida nova” a criminosos foi alvo de uma operação da Polícia Federal, denominada Sombra Dupla. De acordo com informações divulgadas pela PF, a ação resultou em cinco mandados de prisão e 10 de busca e apreensão em diversas cidades de Minas Gerais, como Belo Horizonte, Divinópolis, Curvelo, Igarapé, Santa Luzia e Luislândia. A operação foi coordenada pela delegacia de Montes Claros.

A investigação revelou que este grupo criminoso falsificava documentos como RGs, CPFs, certidões de nascimento e escrituras públicas, possibilitando a pessoas fugir de responsabilidades cíveis e criminais, inclusive membros de facções criminosas. Entre os métodos de fraude utilizados pelos integrantes estavam a apropriação da identidade de terceiros e a criação de documentação falsa com base em dados fornecidos pelos interessados.

As medidas judiciais foram autorizadas com base na apuração de crimes de organização criminosa, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, entre outros. As investigações tiveram início em 2023 e foram fundamentadas em dados extraídos de um aparelho celular apreendido em operação anterior. A análise desses dados apontou ainda o envolvimento de servidores públicos na emissão de documentos falsos.

Além disso, os levantamentos realizados durante a operação mostraram que muitos dos documentos falsificados eram feitos sobrescrevendo dados de terceiros e alterando a fotografia para posterior utilização, inclusive na abertura de contas bancárias. As autoridades policiais destacaram que esse tipo de atividade ilegal facilitava a inserção de criminosos em território nacional com identidades falsas.

A Operação Sombra Dupla resultou na execução de mandados de prisão em Curvelo e Luislândia, evidenciando a abrangência do grupo criminoso especializado em falsificações. Em Belo Horizonte, Divinópolis, Igarapé, Santa Luzia e outras localidades, a Polícia Federal realizou busca e apreensão com o intuito de coletar provas e evidências que possam contribuir para o prosseguimento das investigações sobre esse esquema fraudulento.

Devido à gravidade dos crimes de organização criminosa, falsificação de documentos públicos e falsidade ideológica envolvidos nesse caso, a PF intensificou seus esforços para combater essas práticas ilegais. A emissão de documentos falsos para facilitar a vida de criminosos e foragidos da justiça compromete a segurança e integridade da sociedade, sendo fundamental a atuação das autoridades para coibir tais atividades ilícitas. O Diário do Estado acompanha de perto a evolução desse caso e disponibiliza mais informações sobre a operação Sombra Dupla.