Operação Tanque furado: Deputados goianos são citados

Os deputados federais goianos Francisco Júnior (PSD) e Professor Alcides (PP) foram citados numa reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (18), que mostrava uma suposta irregularidade na prestação de contas dos parlamentares referente ao abastecimento de seus veículos com dinheiro público.

Outros parlamentares também estão sendo mencionados. No relatório há detalhamento de notas fiscais de Célio da Silveira (PSDB), Glaustin da Fokus (PSC), José Nelto (Podemos) e Rubens Otoni. A deputada Magda Mofatto (PL) também é citado, porém na lista de parlamentares que apresentaram notas de alto valor sem documentos referenciados.

Segundo a reportagem, os parlamentares teriam abastecido os carros em uma quantidade “fora da realidade” para um único dia. O repórter diz ainda, por exemplo, que Francisco Júnior “apresentou uma nota à Câmara dos Deputados com mais de 615 litros de combustível”.

De acordo com o deputado Francisco Júnior, o estabelecimento fez a nota com o valor correto, porém não anexou todos os cupons dos 14 abastecimentos à nota fiscal, por isso teria ocorrido esse mal-entendido.

Quanto ao Professor Alcides, a reportagem cita “Em 23 meses ele pediu e recebeu 17 reembolsos de R$ 6.000,00. O Professor Alcides chegou a fazer 211 abastecimento em um só dia”. Em nota divulgada à imprensa, o parlamentar disse que ajuda várias pessoas com cesta básica e que não cometeu nenhuma irregularidade.

Os deputados federais têm direito a uma verba, conhecida como Cotão, que proporciona aos parlamentares usar o dinheiro para seus mandatos, como visitar bases, alimentação, consultoria, serviço de segurança, telefonia e também para pagar o combustível. Desde que sejam apresentadas as notas fiscais.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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