A operação Tarja Preta da Polícia Federal (PF) tem como alvo o tráfico internacional de medicamentos controlados. Os agentes foram às ruas em Rio das Ostras para cumprir mandados, enquanto um suspeito foi preso nos Estados Unidos. A ação, que ocorreu com o apoio do Ministério Público Federal, dos Correios e das autoridades norte-americanas, visa desmantelar um esquema de exportação ilegal de medicamentos sujeitos a controle especial para o exterior.

No total, foram cumpridos 1 mandado de prisão temporária e 6 de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais na região dos Lagos do Rio de Janeiro. Quatro pessoas físicas e duas empresas estão sendo investigadas neste caso. O líder do grupo foi detido em Orlando, na Flórida, e aguarda o processo de deportação para o Brasil.

As investigações, que tiveram início em 2023, apontam para a atuação estruturada da organização criminosa, com divisão de tarefas entre fornecedores, intermediários e receptadores. Os medicamentos de uso controlado, conhecidos como “tarja preta”, eram enviados para o exterior sem prescrição médica, violando normas sanitárias do Brasil e dos Estados Unidos.

Dentre os medicamentos identificados nas remessas estão Zolpidem, Alprazolam, Clonazepam, Pregabalina e Ritalina, todos classificados como psicotrópicos ou entorpecentes pelo Ministério da Saúde. Parte das encomendas foi interceptada pela PF, pela U.S. Customs and Border Protection (CBP) e pela Drug Enforcement Administration (DEA), órgãos responsáveis pelo controle de fronteiras e combate a narcóticos nos Estados Unidos.

Além disso, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas e transferências bancárias relacionadas ao esquema, levantando indícios de lavagem de dinheiro e financiamento de atividades ilícitas. Os envolvidos poderão responder por crimes de organização criminosa e tráfico internacional de drogas, sem descartar a possibilidade de surgirem outros delitos durante a investigação em andamento.

A operação Tarja Preta demonstra o compromisso das autoridades em coibir atividades ilícitas envolvendo medicamentos controlados e reforça a importância da cooperação internacional no combate ao tráfico de drogas. O desfecho desse caso será fundamental para garantir a segurança e a saúde da população, combatendo a comercialização ilegal de substâncias que representam riscos à sociedade.