Uma operadora de telemarketing, estudante de administração, foi vítima de injúria racial por um cliente durante um atendimento de rotina na cidade de Trindade, em Goiás. A jovem, de 29 anos, trabalha oferecendo empréstimos para aposentados pelo telefone, em uma empresa como correspondente bancária. O caso ocorreu na terça-feira (7) e chocou a todos.
Durante a ligação, o cliente proferiu ofensas racistas e xenofóbicas à atendente, chamando-a de “sua preta, imunda, nordestina, pobre, telefonista.” A jovem, identificada como Vitória, ficou extremamente abalada com as agressões verbais e deu detalhes do ocorrido em entrevista ao De.
Segundo Vitória, as chamadas aos clientes são feitas de forma automatizada, uma atrás da outra, e ao final de cada ligação, ela precisa preencher informações em uma tabela. No entanto, durante uma dessas chamadas, houve um equívoco no cadastro do cliente, o que gerou a reação agressiva do homem do outro lado da linha.
O agressor proferiu xingamentos como “desgraça, vagabunda, sua piranha” e ao perceber o erro no cadastro, passou a insultar a operadora com termos racistas. Mesmo após a jovem tentar interromper a situação, as ofensas continuaram pelo WhatsApp, com mensagens de teor racista, xenofóbico e gordofóbico por áudio.
A operadora decidiu procurar a polícia e registrou um boletim de ocorrência por injúria racial na Delegacia de Trindade. O advogado de defesa de Vitória destacou que casos como esse não são isolados e refletem a realidade da sociedade atual. A busca por justiça é uma forma de garantir que situações como essa não se repitam, especialmente em relação às suas filhas.
A violência verbal e o preconceito sofridos pela operadora de telemarketing evidenciam a importância de debater e combater o racismo e outras formas de discriminação. É fundamental que casos como esse sejam denunciados e que medidas legais sejam tomadas para punir os agressores, promovendo assim um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos.