Opinião de Lula sobre busca e apreensão da PF na Câmara é questionada

@ALEXFERROFOTOGAFO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que apenas o ministro Flávio Dino é quem pode opinar sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na Câmara dos Deputados na última sexta-feira. A operação, que investiga supostos direcionamentos de emendas parlamentares, teve como alvo a ex-assessora Mariângela Fialek, ligada ao deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa Legislativa. Em entrevista ao SBT News, exibida na segunda-feira, Lula foi questionado sobre a influência de suas indicações no STF, negando associações. Segundo o presidente, a independência do Supremo é essencial e ele respeita as instituições e decisões do país.
Lula enfatizou que a autonomia da Suprema Corte é primordial e que não busca intervir em seus processos: “Se há investigação e o ministro decide pela busca e apreensão, cabe apenas a ele. O presidente não deve opinar, é responsabilidade do ministro que conhece o caso”, afirmou o ex-presidente. Ele também frisou o respeito às decisões judiciais, valorizando a autonomia dos poderes da República. Lula recordou ter sido alvo de uma busca realizada por Sergio Moro no passado.
A ex-assessora Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, atua no gabinete do PP, partido de Lira, sendo responsável pela distribuição de emendas parlamentares. Policiais federais cumpriram mandados em seu endereço e na Câmara dos Deputados, autorizados por Flávio Dino. Lula evitou comentar sobre o projeto que reduz penas de condenados envolvidos na trama golpista, alegando que tomará uma decisão ao analisar o texto. Ele reforçou a importância de preservar a democracia e não revelou se vetará a proposta que beneficiaria Jair Bolsonaro.

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