Na pesquisa divulgada pela consultoria Quaest, foi revelado que 49% dos brasileiros consideram exagerada a pena de 27 anos de prisão imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento da trama golpista. Outros 35% dos entrevistados acham a pena adequada, enquanto 12% acreditam que a punição é insuficiente. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro e tem 95% de nível de confiança.
A penalização de Bolsonaro gerou opiniões divergentes entre os brasileiros. Enquanto 47% consideram a pena como exagerada, 35% acreditam que é adequada e 12% a veem como insuficiente. Além disso, 4% não souberam ou não responderam. A pesquisa revelou que entre aqueles que são de esquerda, porém não são lulistas, e entre os lulistas, há uma maior porcentagem dos que consideram a pena adequada. Já os bolsonaristas e os de direita, mas que não apoiam Bolsonaro, são os que mais acham a pena exagerada.
A prisão domiciliar imposta ao ex-presidente em outro processo, que envolve seu filho Eduardo, foi considerada adequada por 51% dos entrevistados. Já sobre o uso de tornozeleira eletrônica, 48% veem como adequado. A maioria dos brasileiros também concorda que houve tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022 e que Bolsonaro participou do plano. A pesquisa ainda apontou que 42% acreditam que o julgamento de Bolsonaro foi imparcial, enquanto 47% acham que houve perseguição política.
No que diz respeito à anistia para os envolvidos na tentativa de golpe de estado, 41% são contra a possibilidade, enquanto 36% são a favor. Outros 10% defendem a anistia apenas para os envolvidos nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Em relação à aprovação do governo de Lula, a pesquisa indica que 46% aprovam e 51% desaprovam. A diferença entre aprovação e desaprovação é a menor desde janeiro de 2025. Os evangélicos são o grupo com maior desaprovação ao governo, mas a diferença entre aprovam e desaprovam diminuiu.
Com relação à soberania nacional, a maioria dos brasileiros concorda que o governo Lula está certo em defender a soberania do Brasil frente ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, 64% consideram que o governo está certo, enquanto 26% acham que está errado. A defesa da soberania nacional ganha destaque entre os entrevistados, demonstrando a importância desse tema para a população brasileira.
