A oposição na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (16) a nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da minoria na Casa. Eduardo está morando nos Estados Unidos. O deputado chegou a se licenciar do mandato e buscou apoio nos EUA para pressionar pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro e por sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável por sua condenação.
O anúncio da liderança é uma tentativa de driblar a perda do mandato do deputado devido às faltas e permitir que ele continue atuando mesmo à distância. A atual líder da minoria, Caroline De Toni (PL-SC), comunicou sua renúncia em prol de Eduardo Bolsonaro. A indicação de Eduardo como líder da minoria visa garantir que ele permaneça como deputado, mesmo estando nos EUA.
Na prática, a liderança é vista como um artifício para beneficiar Eduardo Bolsonaro, já que ele não participará das sessões plenárias para exercer seu papel como líder. A Constituição estabelece que um parlamentar pode perder o mandato caso deixe de comparecer a um terço das sessões ordinárias da Casa, exceto em casos de licença ou missão autorizada.
Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL, afirmou que Caroline de Toni continuará orientando as votações da minoria no plenário na ausência de Eduardo. Ele ressaltou que a decisão de nomear Eduardo como líder da minoria é respaldada pelo ato da mesa da Câmara, que prevê justificativas para ausências de líderes sem efeitos administrativos.
Apesar da polêmica em torno da nomeação de Eduardo Bolsonaro para líder da minoria, o partido confia na capacidade do deputado de conduzir a liderança com responsabilidade e coragem. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), apoiou a decisão, afirmando que o ato da mesa é claro e não requer retorno do presidente da Casa para a efetivação da liderança de Eduardo. A narrativa política envolvendo a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e sua liderança na minoria continua sendo observada com atenção dentro e fora do país.