Oposição tenta barrar leitura do relatório da reforma trabalhista no Senado

A reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desta terça-feira (23), destinada à leitura do relatório da reforma trabalhista, começou tumultuada. Parlamentares da oposição tentaram barrar a leitura do relatório, enquanto o presidente do colegiado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), defendeu que os trabalhos do Legislativo devem continuar apesar da crise política que atingiu o governo Michel Temer.

Desde que foram divulgadas as delações dos donos do grupo JBS – que atingem diretamente o presidente Michel Temer – parlamentares da oposição têm dito que vão obstruir todas as votações na Casa para que a crise seja debatida.

Apesar disso, o governo tenta articular para manter o ritmo de tramitação no Congresso das reformas trabalhista e previdenciária.

O tumulto na CAE (assista ao vídeo acima) começou quando os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ) protestaram contra a leitura do relatório final do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista. A proposta, de autoria do governo Temer, já foi aprovada pela Câmara.

Primeiro, Gleisi reclamou que o início da sessão estava atrasado em mais de meia hora, o que, na visão dela, deveria provocar o cancelamento da sessão. Tasso Jereissati não cancelou a reunião, alegando que os atrasos são costume no colegiado.

Depois, Lindbergh afirmou que o relatório não poderia ser lido nesta terça porque Ferraço declarou na semana passada que o calendário da reforma estava suspenso em razão da crise política gerada pelas delações dos executivos da JBS.

Nesta segunda (22), Ferraço decidiu que apresentaria o relatório independentemente da turbulência no governo federal.

Fonte: G1

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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