Diante da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que a Câmara declare a perda do mandato de Alexandre Ramagem (PL-RJ), a oposição já articula uma ofensiva para evitar que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), cumpra imediatamente o ato. A estratégia aposta em ressuscitar um precedente recente, o caso Carla Zambelli, e transformar a demora na cassação da deputada em argumento para retardar a resposta. Nos bastidores, líderes do PL e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmam que a Mesa Diretora não é obrigada a agir de imediato, apesar de Moraes ter classificado a execução da perda do mandato como ‘imediata’ e ‘meramente formal’. O grupo tenta sustentar que a Câmara teria margem para submeter o caso ao plenário, caminho que foi adotado com Zambelli, e, assim, ganhar tempo para Ramagem.




