Oposição vê espaço para enfrentar Caiado, com base em pesquisa eleitoral

A pesquisa RealTime Big Data/TV Record, divulgada na noite desta quinta-feira (17), vem repercutindo no meio político. Pelos resultados apresentados, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) venceria as eleições em cinco projeções diferentes. Marconi Perillo (PSDB) aparece em segundo lugar na maioria dos cenários propostos. O ex-governador ainda não oficializou pré-candidatura ao Palácio das Esmeraldas e também está em primeiro lugar para o Senado. Gustavo Mendanha (sem partido) ocupa o terceiro lugar em todos as variáveis, com exceção de uma, em que salta para a segunda posição.

Da base caiadista, Lívio Luciano, que era presidente do DEM em Goiânia antes da fusão da sigla com o PL, que resultou no União Brasil, disse ao DE que a liderança de Caiado nas pesquisas é um reconhecimento do trabalho da gestão atual. “O governo anterior deixou dívidas estratosféricas, deixou o estado sem nenhum dinheiro para conseguir qualquer tipo de recurso emprestado. E, não obstante, todo aquele cenário de destruição que Caiado encontrou , o governador foi à luta, reuniu sua equipe e deu o tom. Acabamos por conseguir recuperar o estado e fazer com que mudasse de patamar”, alfineta Lívio Luciano.

Já o governador anterior a Caiado, Marconi Perillo (PSDB), disse que recebeu com tranquilidade os resultados da pesquisa e salientou que os votos da oposição “já superam ou estão empatados dentro da margem de erro com os de Caiado no primeiro turno”. Marconi alega ainda que foi vítima em 2018. “Fiquei feliz em ver que a população goiana começa a perceber que, nas eleições de 2018, fui vítima da maior armação política de nossa história, e hoje reconhece nosso legado. À medida em que se aproximar o período eleitoral, as mazelas, os escândalos e a inoperância do atual governo virão a público e serão debatidos pela sociedade”, argumenta.

Gustavo Mendanha defende que os resultados o colocam entre os principais nomes na disputa eleitoral e que os mostram abertura para uma via de oposição a Caiado. “A pesquisa mostra que Goiás conhece nosso trabalho à frente da Prefeitura de Aparecida e que muitos confiam neste modelo de gestão para retirar Goiás do atual marasmo administrativo”, afirma.

Disputa ao Senado

A assessoria do pré-candidato a senador Henrique Meirelles (PSD) disse que a pesquisa aponta caminho de consolidação do atual secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo. “Os números mostram que estamos no caminho certo para consolidar, no momento em que a legislação permitir, uma candidatura vitoriosa em favor de Goiás e dos goianos, com presença firme e determinada no Senado para colaborar com o País e o nosso estado na retomada do crescimento, geração de empregos e garantia de uma vida digna a todos”.

Ao DE, o também pré-candidato ao Senado, Delegado Waldir, de disse irritado com a pesquisa, que o colocou como pré-candidato ao governo estadual. Vale lembrar que pesquisas eleitorais comumente apresentam cenários diversos de candidaturas, para instigar a intenção de voto do eleitor. “O candidato do União Brasil ao Governo de Goiás é Ronaldo Caiado e o partido está todo engajado nesse projeto de reeleição do governador. Tendo em vista que o deputado federal Delegado Waldir é do mesmo partido, não há razão alguma para colocá-lo em cenários em que eles se confrontem. Essa hipótese não existe”, afirmou a assessoria, em nota.

Números

As falas dos pré-candidatos são com base no levantamento RealTime Big Data/TV Record. Na pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos pré-candidatos ao eleitor, Caiado tem maior vantagem (43% das intenções de voto) no cenário em que disputa com o ex-governador Marconi Perillo (22%) e com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido) (20%). Os dois últimos estão tecnicamente empatados. Brancos e nulos somam 8%. Outros 7% não souberam ou não responderam.

Já no cenário em que são apresentados mais pré-candidatos, a vantagem do atual governador diminui e ele lidera com 35%. Marconi Perillo e Gustavo Mendanha têm 16% cada. O senador Vanderlan Cardoso (PSD) tem 7%, o ex-reitor da Puc Goiás Wolmir Amado (PT) recebe 5% das intenções de voto. Os deputados federais Major Vitor Hugo (atualmente União Brasil) e o Delegado Waldir (União Brasil) aparecem empatados com 2%. Jânio Darrot (Patriota), ex-prefeito de Trindade, tem 1%. Vale lembrar que Jânio Darrot desistiu da candidatura e Delegado Waldir é pré-candidato ao Senado.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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