Orçamento de Goiás para 2023 tem equilíbrio entre receitas e despesas

Orçamento de Goiás para 2023 tem equilíbrio entre receitas e despesas

A Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023, proposta pelo Governo de Goiás e aprovada nesta sexta-feira, 16, pela Assembleia Legislativa, em sintonia com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), apresenta a manutenção de um cenário de equilíbrio das contas públicas do Estado conquistada pela gestão do governador Ronaldo Caiado.

Após muitos anos de desequilíbrio orçamentário, este é o segundo ano consecutivo em que o Governo de Goiás apresenta um orçamento que equilibra receita e despesa, com superávit primário e nominal. A receita estimada é de R$ 39.947.309.000,00 e a despesa foi fixada em igual montante. A Secretaria da Economia aponta que o resultado primário e o nominal estabelecem-se, respectivamente, em R$ 2.062.587.000,00 e R$ 1.814.215.455,00.

O orçamento para 2023 apresentado está adequado à perda de arrecadação de aproximadamente R$ 5,5 bilhões prevista para o próximo ano em decorrência das leis que diminuíram a arrecadação de ICMS de todos os estados.

O documento mostra “de forma transparente a realidade das contas públicas estaduais, comprometida com a obtenção da meta de resultado primário e a busca pelo cumprimento da LRF”, explica a secretária da Economia, Cristiane Schmidt.

O Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) não entrou na Lei Orçamentária de 2023 porque ainda precisa ser regulamentado por ato do chefe do Executivo, o que deve ocorrer nos próximos dias. Assim, o Fundeinfra irá constar no orçamento a partir de 2024.

Prioridades do Governo de Goiás

A LOA apresenta as principais políticas setoriais da gestão estadual e os objetivos para 2023, refletindo as ações dos eixos estruturantes do Plano Plurianual de 2020/2023, que são a promoção de saúde pública de qualidade com a estruturação de um sistema estadual regionalizado, priorizando recursos à Secretaria de Estado da Saúde (SES), notadamente para a construção e o aparelhamento das instalações do futuro Hospital do Amor de Goiás.

Para a unidade de saúde, que irá atender em um primeiro momento crianças com câncer, foram destinados R$ 60 milhões. O hospital será construído em um terreno de 136,4 mil metros quadrados, localizado na BR-153, em Goiânia. A União doou a área ao estado. A obra é um dos principais compromissos de campanha do governador Ronaldo Caiado, que assume novo mandato em 1º de janeiro de 2023.

Na Lei Orçamentária também consta investimento em estrutura física e tecnológica e aplicação de recursos em áreas sensíveis, como redução das situações de vulnerabilidade social com a manutenção de programas como Mães de Goiás, Pra Ter Onde Morar – Aluguel Social, Restaurante do Bem e Universitário do Bem (ProBem), além da distribuição de cestas básicas. Ainda, iniciativas de combate à criminalidade.

O orçamento prevê a promoção de programas destinados à cultura, ao esporte e ao lazer; investimentos em infraestrutura com a recuperação, pavimentação e a duplicação de rodovias; a contínua modernização dos serviços de atendimento ao cidadão e o foco na redução das desigualdades regionais.

“Buscou-se nortear a elaboração da LOA para o exercício de 2023 contemplando primeiramente as despesas obrigatórias, como reflexo da responsabilidade da gestão pública, sem negligenciar a manutenção dos serviços essenciais à população, sobretudo nas áreas de saúde, educação, assistência social e segurança pública”, resume Cristiane Schmidt.

Risco menor

Este é o primeiro ano em que o Estado de Goiás apresenta um risco menor, refletido pela classificação B e a conquista do selo de bom pagador – Capacidade de Pagamento (Capag) –, alcançado pela primeira vez desde a criação da metodologia pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Economia, em 2016.

A LOA prevê para o exercício financeiro de 2023 desembolso total de R$ 1.436.543.000,00 com o serviço da dívida pública estadual, financiamentos e refinanciamentos. Está prevista ainda a finalização do estoque de precatórios de 2020 a 2022.

A mensagem contém Orçamento Fiscal e de Seguridade Social dos Poderes, do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, do Tribunal de Contas dos Municípios, do Ministério Público, da Defensoria Pública, dos seus fundos e suas fundações, além das empresas estatais dependentes e o Orçamento de Investimento das Empresas em que o estado, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto.

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Trabalhadores são resgatado em obra da BYD por condições análogas à escravidão

Resgate de 163 Trabalhadores na BYD em Camaçari por Condições Análogas à Escravidão

Na desta segunda-feira. 23, uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) resgatou 163 operários da construtora terceirizada Jinjang, que trabalhavam na planta da BYD em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, Bahia.

Os trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão, com alojamentos precários e falta de infraestrutura básica. Os alojamentos tinham camas sem colchões e apenas um banheiro para cada 31 pessoas. Essas condições impediam o descanso adequado, contribuindo para acidentes de trabalho devido ao cansaço e sonolência.

A força-tarefa interditou os alojamentos e trechos do canteiro de obras, proibindo os trabalhadores de continuar suas atividades até a regularização das condições de trabalho. Uma audiência virtual conjunta do MPT e MTE foi agendada para o dia 26 de dezembro para discutir as providências necessárias para garantir condições mínimas de alojamento e regularizar as irregularidades detectadas.

A inspeção, iniciada em meados de novembro, identificou quatro principais alojamentos, dois localizados na Rua Colorado e dois na Rua Umbus, no município de Camaçari. A BYD e a Jinjang foram notificadas e devem apresentar as medidas necessárias para garantir as condições de trabalho adequadas.

A BYD anunciou que já rescindiu o contrato com a empresa terceirizada após o resgate dos trabalhadores.

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