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Ordem de soltura de Maurício Sampaio dois dias após condenação ainda não foi comunicada ao MPGO

A decisão judicial que concedeu habeas corpus ao mandante do assassinato do radialista Valério Luiz, Maurício Sampaio, ainda não foi comunicada ao Ministério Público de Goiás (MPGO) até a manhã deste sábado, 12. A informação foi confirmada pela assessoria da instituição. A liminar concedida na noite desta sexta-feira, 11, pelo desembargador Ivo Favaro.

 

O magistrado entendeu que a constituição proíbe a execução imediata das condenações feitas pelo Tribunal do Júri sem justificativa , embora permita a prisão preventiva, que não foi decretada. A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça (TJGO) para confirmar se a ordem já foi cumprida, mas não obtivemos retorno até a publicação desta edição.

 

Para o assistente de acusação e filho da vítima, Valério Luiz Filho, Sampaio não seguirá longe da prisão. Em resposta a um seguidor em seu perfil pessoal no Instagram, ele afirmou que “o mesmo STF [Supremo Tribunal Federal] determinou o cumprimento imediato da condenação no caso da boate Kiss, e provavelmente vai determinar aqui também”.

 

Maurício foi condenado a 16 anos de prisão após três dias de julgamento para o crime ocorrido em julho de 2012. A ordem de soltura em liminar ocorreu somente dois dias depois do proferimento da sentença do juiz Lourival Machado. 

 

Foram cinco tentativas de concluir o processo. Os réus era, além de Sampaio, Urbano Malta, Ademá Figueiredo,  Marcus Vinicius Pereira Xavier e Djalma Gomes da Silva. O único absolvido foi Djalma, que respondia por auxiliar no planejamento do assassinato e atrapalhar as investigações.

Relembre o caso Valério Luiz

O jornalista Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos,há dez anos, quando saía da Rádio Bandeirantes 820 AM, onde trabalhava, no Setor Serrinha. Segundo o inquérito policial, foram encontrados elementos suficientes para colocar os suspeitos de matar o jornalista na posição de indiciados. 

 

Na mesma linha, o Ministério Público entrou com denúncia, em fevereiro de 2013, iniciando a ação penal. A partir daí, houve audiências, testemunhas foram ouvidas, réus interrogados e advogados das duas partes reuniram provas. Em agosto de 2014, a Justiça decidiu que os acusados deveriam ir à júri popular, decisão confirmada, posteriormente, pelo STF.

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