Organograma do Comando Vermelho: Estrutura Hierarquizada e Criminosa com Detalhes Chocantes da Investigação da DRE

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O organograma do Comando Vermelho revela uma estrutura complexa e hierarquizada. Mensagens interceptadas pela Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil demonstram como os traficantes se dividem em funções bem definidas. Desde o general de guerra até um especialista em pagamento de propinas a policiais, a investigação revelou detalhes sobre a liderança e organização por trás das ações criminosas.

Na liderança do CV nos complexos do Alemão e da Penha está Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca. Além dele, outros traficantes como Carlos Costa Neves, o Gadernal, desempenham papéis importantes na administração das atividades criminosas na região e em outras favelas do Rio. Gadernal, que é considerado o “general” do CV, é responsável por estratégias em confrontos contra quadrilhas rivais e táticas de enfrentamento a policiais, incluindo o monitoramento das tropas e o uso de armas de guerra como fuzis de alto calibre.

A investigação da DRE também revela episódios de tortura praticados pelo grupo para punir comparsas e moradores. Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW, é apontado como responsável por orientar punições e participar dos “tribunais do tráfico”, com poder para determinar até execuções. BMW também é suspeito de liderar o grupo que matou médicos por engano na Barra da Tijuca e de oprimir moradores, como no caso de uma mulher mergulhada em uma banheira de gelo por ordem dele.

Outro membro do grupo é Fagner Campos Marinho, o Bafo, que é descrito como um carrasco do tribunal do tráfico. A denúncia inclui relatos de tortura e humilhação praticados por Bafo, como um episódio em que ele gravou um homem amarrado e ensanguentado. Além disso, a investigação revela a relação entre traficantes e policiais, como o caso de Washington César Braga da Silva, conhecido como Grandão, encarregado de negociar o pagamento de propina a policiais militares das UPPs.

A contabilidade do tráfico também foi exposta durante a investigação, com anotações que mostram gastos e pagamentos, incluindo o “arrego” para reduzir a fiscalização policial. Um terceiro escalão de gerentes de pontos de venda de drogas e responsáveis por áreas subordinadas a Doca também foi identificado. Grupos de WhatsApp eram usados para coordenar atividades como torturas e execuções. A megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão resultou na denúncia de 121 mortos e expôs a complexa estrutura do tráfico na região.

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