Oruam vira réu por tentativa de homicídio após jogar pedras contra policiais

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A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia que torna Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, e Willyam Matheus Vianna Rodrigues por tentativa de homicídio qualificado contra agentes da Polícia Civil do Rio.

O fato que deu origem a denúncia ocorreu em 21 de julho, quando a polícia foi até a mansão do cantor para apreender um adolescente suspeito de roubo. Na ocasião, o cantor e amigos arremessaram pedras contra os policiais.

No documento, a juíza Tula Correa de Mello, do III Tribunal do Júri da Comarca da Capital, condenou a atitude do artista em atacar os agentes.

“Percebe-se que as ações dos acusados, em especial acusado Oruam, repercutem de modo tão negativo na sociedade que incitam a população à inversão de valores estabelecida contra as operações feitas por agentes de segurança pública, conforme se depreende pelo início da ação legítima de apreensão do adolescente ‘Menor Piu’ e também pelas demais repercussões, causando profundo abalo social.”, informou.

Pedra de 4,85 kg

A denúncia foi aceita pela juíza após a perícia encontrar uma pedra de concreto com 4,85 kg na calçada da frente à casa de Oruam. O objeto, com 23cm de comprimento, 11cm de largura e 14cm de altura, pode ter sido arremessado pelo rapper ou amigos de um sacada a 4,5 metros de altura. Segundo a polícia, o lançamento do objeto tinha potencial para causar ferimentos letais.

“A conclusão do laudo é categórica ao afirmar que as pedras lançadas contra os policiais civis procederam do imóvel de número 91, sendo objetos com potencial concreto de causar lesões corporais graves ou mesmo a morte, principalmente considerando-se a massa elevada da principal pedra encontrada, que ultrapassava 4,8 kg, e a altura do ponto de lançamento”, dizia um trecho do laudo.

A perícia identificou a presença de sete pedras no local, sendo a maior delas de 4,85kg e a menor com 282 g. O laudo técnico também aponta que os objetos foram lançados do imóvel de número 91, onde o cantor morava.

Com o arremesso das pedras, um dos agentes foi atingido nas costas e outro precisou ser esconder atrás da viatura, que também foi danificada.

Além da tentativa de homicídio, Oruam também responde por crime de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. Ele segue preso no Rio de Janeiro em prisão preventiva para evitar fuga.

 

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