Os bastidores da renúncia de Zambelli: aliviado segundo os advogados

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A renúncia de Carla Zambelli ao mandato de deputada federal foi discutida antecipadamente com o presidente da Câmara, Hugo Motta, como afirmam os advogados da ex-parlamentar. Segundo o advogado Fabio Pagnozzi, a decisão ajudou a diminuir a tensão institucional gerada após o embate entre a Câmara e o Supremo Tribunal Federal. Motta reagiu positivamente à notícia, conforme relatado por Pagnozzi: “Motta se sentiu aliviado”. A saída de Zambelli contribuiu para suavizar o conflito entre os Poderes, na avaliação da defesa.

O embate se intensificou após a Câmara manter o mandato, indo contra a decisão do STF que havia determinado a perda imediata da cadeira. Pagnozzi afirmou: “Achamos que essa seria a melhor estratégia para aliviar a tensão”. Além disso, a defesa considerou o impacto da renúncia no processo de extradição na Itália, onde Zambelli está detida desde julho. Os advogados acreditam que o gesto pode ser usado como argumento favorável perante a Justiça italiana, demonstrando boa vontade pessoal.

A renúncia formalizada por Zambelli resultou na convocação de seu suplente, Adilson Barroso, segundo Motta. O comunicado destacou que a medida não se relacionou diretamente com a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A defesa enfatizou que a decisão foi unilateral, sem acordo prévio com o presidente da Câmara. “Ele ficou satisfeito, mas não pedimos a renúncia. Apenas conversamos sobre isso”, acrescentou Pagnozzi.

Em suas redes sociais, Zambelli defendeu sua renúncia como um ato de resistência, não de rendição. A ex-deputada afirmou que queria registrar na história que a vontade de outro Poder suprimiu a vontade popular. Mesmo com quase 1 milhão de votos na última eleição, ela ficará inelegível por oito anos devido a condenações criminais, um fato não contestado pela defesa. “Isso não discutimos, é fato consumado”, concluiu o advogado.

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