“Os candidatos à prova prática da CNH que já estavam marcados não pagarão reteste”, afirma gerente do Detran-GO

O Detran-GO decidiu, nesta quinta-feira, 11, pela suspensão de todas as bancas de provas práticas de volante no estado de Goiás. Para explicar mais sobre a medida, José Osvaldo, gerente de Habilitação no órgão, concedeu entrevista exclusiva ao Diário do Estado. “Devido ao pior momento da pandemia no estado de Goiás, o Departamento Estadual de Trânsito decidiu neste momento suspender esta atividade até o dia 31 de março, até mesmo para que possamos avaliar como vai ser o avanço neste período”, conta.

“Em algumas bancas pelo estado, algumas regras do protocolo não estavam sendo seguidas, como a higienização dos carros. O Detran está visando resguardar a saúde dos candidatos à Carteira de Nacional de Habilitação, do instrutor de trânsito, dos colaboradores e dos examinadores. De repente, logo no início do mês, a gente volte com as atividades regulares”, projeta.

Entretanto, esta volta das provas presenciais está sujeita à novos adiamentos. “Depende do cenário, porque hoje o sistema saúde está vivendo uma asfixia. Nas enfermarias, nas UTIs… então, vamos aguardar. Se melhorar, voltamos com a banca examinadora de prática de direção veicular”, afirma Osvaldo. Quanto àqueles que já tinham marcado suas provas, o gerente de habilitação garante: “As pessoas não terão nenhum prejuízo. Nós vamos abrir o sistema para que os proprietários das autoescolas possam retirar estes alunos”.

O entrevistado garantiu que tampouco haverá pagamento de reteste e que os candidatos serão reagendados assim que as atividades voltarem de maneira presencial. “Nós vamos permanecer com a prova de legislação de trânsito. Naquele município onde não tem restrições, nós vamos executar a prova escrita. Porque existe um cuidado diferente com esta etapa. São apenas 10 alunos numa sala ampla, para que estes 10 computadores instalados fiquem longe um do outro”, explica.

Veja muito mais na entrevista acima!

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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