Os detalhes por trás da foto do eclipse de Italo Ferreira e Marcelo Maragni

A combinação de habilidades técnicas em fotografia, engenharia e agilidade, fruto da dobradinha do campeão de surf Italo Ferreira e o renomado fotógrafo Marcelo Maragni, ficou eternizada no registro de um momento único em meio às forças da natureza. A dupla conseguiu realizar uma foto de beleza impressionante do eclipse solar deste sábado, 14, e conquistou as redes sociais.

Só no perfil no surfista, o clique rendeu até manhã deste domingo 439 mil curtidas e mais de 8,6 mil comentários. “Depois dessa foto o resto é conversa fiada”, escreveu @cucasouzaa. “uma das coisas mais sinistras que já vi na internet!!!!”, elogiou @duoalmanac.

O fenômeno raro, que se assemelha a um “anel de fogo” no céu, aconteceu por volta das 16h, e a imagem espetacular exigiu precisão e planejamento, sendo registrada em apenas 5 segundos. A façanha, no entanto, não foi mero golpe de sorte ou fruto do acaso, como muitos puderam pensar. Mas sim um projeto que demandou meses de estudo e preparação para garantir que tudo saísse perfeito.

Italo Ferreira expressou sua satisfação: “Fiquei muito feliz por termos a melhor visão do eclipse aqui no Rio Grande do Norte e por termos obtido essa foto perfeita. Hoje, quando saí de casa, o céu estava repleto de nuvens, o que me deixou um pouco apreensivo. No entanto, quando chegamos ao local planejado, o céu se abriu. Durante o eclipse, conseguimos capturar o que, na minha opinião, é uma das melhores fotos já tiradas durante um eclipse.”

Para Marcelo Maragni, essa foi uma das tarefas mais desafiadoras e complexas em seus quase 25 anos de carreira. Ele descreveu o processo intricado: “Foram tentativas trabalhosas para encontrar o local com a angulação de azimute correta em relação ao Norte e a inclinação específica de altura. Usei dois celulares para simular um teodolito, um equipamento de medição de relevo. Além disso, coloquei um filtro de densidade neutra na lente para controlar a entrada de luz na câmera e utilizei espelhos para refletir a luz do Sol, iluminando o atleta e evitando o efeito de silhueta que o pôr do Sol costuma causar.”

O eclipse anular ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, e seu diâmetro aparente é menor do que o do Sol, criando o característico “anel de fogo”. No Brasil, o eclipse foi visível a partir das 15h de sábado e continuou até o pôr do Sol, por volta das 18h. A formação do “anel de fogo” ocorreu por volta das 16h40. Este fenômeno celeste pôde ser observado em estados do Norte e Nordeste do Brasil, sendo o município litorâneo do Rio Grande do Norte um dos locais privilegiados.

Detalhes que fizeram diferença

A captura da foto requereu extrema precisão e planejamento. Maragni teve uma única oportunidade e precisou ajustar sua posição para registrar o momento exato em que a Lua se alinhou entre a Terra e o Sol. O planejamento da sessão de fotos levou quatro meses, com Maragni visitando mais de 20 locais ao redor da praia para encontrar o ponto ideal para posicionar o surfista, cerca de 1 km de distância.

Equipamentos adequados também foram fundamentais para a realização do ensaio. A comunicação entre o surfista e o fotógrafo foi estabelecida através de rádios, e dois celulares foram usados para simular um teodolito. Óculos de proteção foram necessários, e espelhos foram usados para refletir a luz solar, evitando o efeito de sombra na imagem do atleta.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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