Ossada da jovem trans desaparecida no ano passado é identificado nesta sexta-feira, 1º

Conversa entre Alícia Marques, jovem trans morta, e amiga são divulgadas pela Polícia

Nesta sexta-feira, 1º, a Polícia Civil (PC) afirmou que os restos mortais encontrados em 24 de dezembro de 2022, Bosque Alto Paraíso, em Aparecida de Goiânia, são de Alícia Marques. Ela estava desaparecida desde fevereiro de 2022. De acordo com a mãe da vítima, Alícia saiu da residência, em Jardim Helvécia, e desde então não foi localizada mais. Dois homens foram suspeitos pelo ocorrido.

Ao Diário do Estado (DE), a corporação informou que “apurou que no dia 24 de dezembro de 2022, um transeunte estava passeando com seus cachorros nas imediações do Bosque Alto Paraíso, no bairro Jardim Alto Paraíso, em Aparecida de Goiânia, quando um dos seus cachorros ingressou na mata e acabou desenterrando parte da ossada da vítima”.

Em seguida, acionou a polícia, que foi ao local e confirmou que se tratava de uma ossada humana. Através de exames de DNA, constatou-se que os restos mortais eram de Alícia.

Um dos suspeitos que foi preso mora aproximadamente 200 metros de onde a ossada foi encontrada.

Entenda o Caso:

A estudante desapareceu no dia 12 de fevereiro. Alícia saiu de casa, que fica no Jardim Helvécia e desde então não foi mais vista.

A mãe da vítima, Fabrícia da Silva Pereira, registrou ocorrência no Grupo de Investigações de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), mas o caso foi remetido ao 1º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia.

A maior preocupação da mãe é a de que pelo fato de ser uma mulher trans, “o filho” tenha sido alvo de alguma maldade.

Alícia saiu de casa no sábado, dia 11 de fevereiro, por volta das 18h30, com um motorista de aplicativo. Ela usava calça jeans clara, blusa de gola alaranjada e bota preta de salto.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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