A Otan, sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, denunciou que a Rússia e o Irã foram cúmplices dos crimes cometidos pelo presidente deposto da Síria, Bashar al-Assad. O secretário-geral da aliança militar, Mark Rutte, afirmou que Moscou e Teerã foram os principais apoiadores do regime de Assad, compartilhando assim a responsabilidade pelos crimes contra o povo sírio. Além disso, Rutte criticou a falta de confiabilidade dos dois países como parceiros estratégicos, destacando que abandonaram Assad quando ele não era mais útil para eles.

Com o fim do governo de Assad, Rutte enfatizou que é um momento de alegria, mas também de incertezas para o povo sírio e da região. Ele ressaltou a importância de uma transição pacífica de poder e um processo político inclusivo liderado pelos próprios sírios. A Otan estará atenta ao comportamento dos líderes rebeldes durante essa transição, esperando que defendam o Estado de direito, protejam civis e respeitem as minorias religiosas.

Por outro lado, a atuação da Otan se concentra principalmente na Europa e na América do Norte, onde a aliança enfrenta questões em relação à Rússia e ao Irã, como no caso da guerra na Ucrânia. A organização tem um papel mais limitado no Oriente Médio. Enquanto isso, o Kremlin informou que a Rússia concedeu asilo político a Assad por decisão do presidente Vladimir Putin. Dmitry Peskov, porta-voz do governo, não comentou sobre o possível paradeiro do ditador deposto e não confirmou se Putin pretende se reunir com ele.

O fim do governo de Assad foi resultado de uma guerra civil de 13 anos desencadeada por uma repressão brutal aos protestos pró-democracia na Síria. A violência do conflito resultou na morte de mais de 500 mil pessoas e obrigou metade da população a deixar suas casas, com milhões buscando refúgio no exterior. A comunidade internacional segue acompanhando de perto a situação no país, buscando garantir estabilidade e paz na região.

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