Outubro Rosa: policlínicas estaduais realizam mais de 600 mamografias em uma semana

Como parte da programação do Outubro Rosa, mês de prevenção do câncer de mama, a Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou, de 14 a 18 de outubro, o Programa de Redução da Fila de Mamografias, promovendo a Semana de Portas Abertas nas policlínicas estaduais.

Durante o período, mulheres que aguardavam e as que procuraram atendimento espontâneo foram atendidas nas seis unidades. Foram realizados 675 exames, entre agendados e espontâneos.

Mamografias

As policlínicas de São Luís de Montes Belos e de Goianésia foram destaque, com 201 e 197 mamografias feitas, respectivamente. Camila Brum, gerente de Atenção Especializada da SES, destacou que as portas permanecem abertas para a realização dos exames até o fim do mês, em continuidade à Campanha Outubro Rosa.

“Essas unidades foram orientadas para atender as pacientes. O incentivo da campanha é justamente conscientizar essas mulheres. Quanto mais cedo forem diagnosticadas com câncer de mama, maiores são as chances de cura”, explica.

No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde — assim como a da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades internacionais — é que mulheres com idade entre 50 e 69 anos realizem mamografias de rastreamento a cada dois anos, mesmo na ausência de sinais ou sintomas. Essa prática é fundamental para identificar o câncer precocemente.

Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, de 2023 a 2025, surgirão no Brasil mais de 73 mil novos casos da doença, risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres – em Goiás são mais de 1,9 mil novos casos.

Considerando apenas os tipos de câncer não melanoma de pele, o de mama é o mais prevalente no país. Goiás, em 2023, registrou 1.435 casos da doença. Este ano, já são 551 mulheres com esse tipo de câncer e 373 mortes registradas. Em 2023, os óbitos somaram 634 casos.

O autoexame das mamas realizado pela mulher, apalpando os seios, ajuda na identificação de tumores maiores, porém, isso não substitui o exame clínico realizado por profissional da saúde e a mamografia.

É importante lembrar ainda que apenas uma biópsia poderá confirmar o diagnóstico, se benigno ou maligno.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp