Outubro Rosa: prevenção e diagnóstico

“É uma doença que começa dentro do tecido mamário e muitas vezes quando não descoberto na sua fase inicial, ele se espalha passando a ser incurável”

Começou o Outubro Rosa e o jornal Diário do Estado falou sobre câncer de mama. Durante entrevista a presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Goiás, a Dra. Rosemar Macedo falou sobre o câncer de mama e a campanha Outubro Rosa, além de sintomas, tratamentos, prevenção e diagnóstico.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Ele não tem uma causa única. São vários fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como fatores endócrinos, história reprodutiva, fatores comportamentais e ambientais e fatores genéticos ou hereditários. A especialista alerta que mesmo que não existam casos da doença na família é importante ficar atento. “É uma doença que começa dentro do tecido mamário e muitas vezes quando não descoberto na sua fase inicial, ele se espalha passando a ser incurável. 80% das mulheres com câncer de mama, o não herdado, e somente 20% tem a doença herdada. Então o fato de não ter o câncer de mama na família não é o caso de pensar que isso não vai acontecer”, alerta.

A prevenção primária é uma das formas de evitar a doença, cuidados simples como uma boa alimentação e a prática de atividades físicas regularmente podem ajudar. Já a prevenção secundária é o momento do diagnóstico precoce por meio da mamografia. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 40 anos, são mais propensas a desenvolver a doença, mas isso tem mudado. Houve um aumento na incidência de câncer de mama em mulheres jovens na última década. Em mulheres com menos de 35 anos, a incidência no Brasil hoje está entre 4% e 5% dos casos.

A principal manifestação da doença é o nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor. Ele está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja também é sintoma, assim como alterações no mamilo. Também se aparecer algum nódulo na axila ou no pescoço e a qualquer saída de líquido anormal das mamas. Vale lembrar que grande parte dos casos são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas.

Autoexame

O autoexame deve ser praticado mensalmente entre o 7º e o 10º dia contados a partir do 1º dia da menstruação. As mulheres que não menstruarem devem escolher um dia do mês. Para examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e apalpe com a mão direita. Para examinar a mama direita, coloque a mão direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda. Pressione os mamilos suavemente. Verifique se há alguma secreção. Após examinar as mamas, apalpe toda a área debaixo dos braços.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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